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Quatro congressistas norte-americanos alertaram o presidente George W. Bush nesta terça-feira a não ter pressa para concluir um acordo mundial de comércio nas últimas semanas de seu mandato, já que o pacto poderia ser rechaçado pelo Congresso.

"Duvidamos muito que um encontro ministerial possa conseguir neste momento um avanço que realmente traga o comércio que a economia global precisa para ser estimulada, e que traga uma novidade para a promessa de Doha", escreveu o grupo bipartidário em carta a Bush.

O alerta veio no momento em que os membros da Organização Mundial do Comércio (OMC) parecem dispostos a preparar um encontro de ministros de Comércio neste mês em Genebra, para buscar algum avanço na rodada de Doha sobre o comércio global.

Isso deixou nervosos os grupos agrícolas e empresariais dos Estados Unidos, que temem que a Casa Branca assine um acordo obrigando o país a reduzir subsídios agrícolas e as tarifas sobre certos produtos agrícolas e manufaturados sem receber em troca a abertura de importantes mercados em desenvolvimento como China e Índia.

Em comunicados individuais, os quarto parlamentares expressaram preocupação semelhante sobre a atual iniciativa dos países de definir detalhes-chave, ou as "modalidades", de um acordo.

"A atual tentativa de estabelecer a negociação de modalidades prioriza a forma em detrimento do conteúdo, e é direcionada por um cronograma artificial e mal concebido que está focado em alcançar um objetivo sem considerar seu mérito", disse o presidente do comitê tributário da Câmara dos Estados Unidos, Charles Rangel, deputado democrata por Nova York.

O senador Charles Grassley, principal republicano do comitê financeiro do Senado, afirmou: "se países como Índia, Argentina, China e Brasil finalmente estão prontos para sentar e concordar em formas de abrir significativamente novos fluxos de comércio, então há justificativa para um encontro. Senão, não há por que."

"Ficar sem acordo é melhor do que ter um acordo ruim, e eu ainda não vi aparecer o rascunho do que eu consideraria um acordo bom", disse Grassley.

O presidente do comitê financeiro do Senado e parlamentar democrata por Montana, Max Baucus, e o deputado da Lousiana Jim McCrery, principal republicano do comitê tributário da Câmara, também assinaram a carta.

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