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O Congresso Nacional aprovou nesta quinta-feira (4), em sessão conjunta, uma correção no valor destinado às despesas com os partidos que podem custar até R$ 160 milhões ao orçamento do país em 2026.
No Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO), os parlamentares fixaram as correções pela inflação e ainda mais ganho real com R$ 1 bilhão destinado ao fundo partidário e mais R$ 4,9 bilhões para o fundo eleitoral, medida que irriga os cofres dos partidos.
“O montante é absolutamente exagerado. É possível fazer campanha, desde que com ideias, causas, propostas, campanhas de opinião para o voto consciente, sem esses recursos cada vez mais vultosos, milionários”, disse o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ), de acordo com transcrição da agência Senado.
O Partido Novo apresentou um destaque, ou seja, pediu para que a matéria fosse votada em separado, mas uma votação simbólica, ou seja, sem o nome dos deputados, derrotou a proposta.
"É surreal o momento em que a gente vive no Brasil. Vemos a falta de recurso para tantas áreas, inclusive, a de segurança, e a aprovação deste fundo eleitoral bilionário. É um descolamento total da realidade. Mais uma vez o Congresso votando maus em causa própria do que pelo povo brasileiro”, disse o deputado federal Marcel Van Hattem (NOVO-RS).
O Congresso aprovou, nesta quinta-feira (4), o texto-base da LDO de 2026 com a obrigação de que o governo pague 65% das emendas parlamentares até a metade do ano e, ainda, que desconte cerca de R$ 55 bilhões ligados ao pagamento de precatórios. A proposta fixa metas, limites de gastos e prioridades para o próximo ano e foi aprovada com um atraso de cinco meses.





