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A China deve elevar ligeiramente sua taxa de juros de depósitos bancários, disse o conselheiro do Banco Central, Li Daokui, segundo informações divulgadas hoje pela imprensa estatal.

Os comentários de Li, que destacou que se trata de sua visão pessoal, foram feitos no momento em que se intensificam as discussões sobre a necessidade da China abordar problemas causados por taxas de juros efetivamente negativas apesar de o crescimento econômico permanecer forte.

A inflação ao consumidor em agosto foi de 3,5%, a maior desde outubro de 2008 e acima dos 3,3% de julho, ampliando a distância entre a taxa de referência de 2,25% paga para depósitos de um ano no país. A China não permite que os bancos ofereçam taxas acima do porcentual de referência.

Alguns economistas acreditam que a elevação da taxa de juros ainda não é urgente e que isso prejudicaria o crescimento econômico da China, já que o aumento da inflação foi provocado em grande parte por fatores climáticos e enchentes.

Mas Li parece estar mais preocupado com a possibilidade de que taxas negativas possam provocar bolhas. Elevar um pouco as taxas de juros para depósitos ou deixar espaço para que elas flutuem ajudaria a desencorajar as pessoas a retirar suas economias dos bancos e investir nos mercados de ações ou de imóveis, disse Li, em entrevista ao canal central de televisão. A transcrição da declaração foi colocada hoje no site da agência Xinhua.

"Um pequeno ajuste daria ao público, os depositantes, uma expectativa, uma esperança", disse ele, que negou-se a dizer de quanto deveria ser a elevação apropriada, afirmando que "este não é o centro da questão". "Manter a expectativa de que as taxas de juros efetivas (para depósitos) são positivas no longo prazo é muito importante para nossa estabilidade econômica", disse Li.

Outro conselheiro do Banco do Povo da China, Xia Bin, sugere há tempos que as taxas de juros flutuem. Mas ontem ele disse à Dow Jones Newswires que como conselheiro não tem informações sobre decisões de elevação de juros. Na China, o Conselho de Estado, que é o gabinete do país, geralmente tem a palavra final em questões de polícia monetária e fiscal.

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