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O rápido acordo entre o governo da Itália e os partidos de oposição para aprovar medidas de cortes da dívida ajudava a acalmar os mercados nesta quarta-feira, mas os formuladores de política monetária, temendo um ataque prolongado do mercado, exigiram que a Europa desenvolva um plano definitivo para resolver a crise de dívida na zona do euro.

O ministro da Economia italiana, Giulio Tremonti, bastante visto como um garantidor da estabilidade financeira de seu país, disse que o pacote de austeridade do governo --que tem duração de quatro anos e prevê cortes de 40 bilhões de euros-- será aprovado até sexta-feira e minimizou rumores de que poderia renunciar.

"Hic manebimus optime", afirmou ele em um encontro da associação bancária italiana, tomando emprestada uma frase do historiador romano Livy, que significa: "Continuaremos aqui, extremamente bem".

No mesmo evento, o membro do conselho de governança do Banco Central Europeu Mario Draghi, que também é presidente do BC italiano, instou o governo a avançar em mais medidas para garantir que o país alcance a meta de reeequilibrar seu Orçamento até 2014.

Ele também pediu que os líderes europeus superem divisões que têm atrasado uma resolução efetiva da crise de dívida na zona do euro e criticou a lenta resposta dada até agora.

"Temos agora que dar certeza ao processo pelo qual crises de dívida soberana são geridas, ao claramente definir objetivos políticos, desenvolver instrumentos e a quantia dos recursos", disse.

Seus comentários vieram conforme os mercados financeiros se acalmaram após três dias de turbulência que levaram os yields dos títulos públicos de 10 anos da Itália a superarem 6 por cento, no maior nível em mais de uma década.

As ações do governo italiano e dos partidos de oposição para acelerar a aprovação pelo Parlamento de um orçamento de austeridade de 40 bilhões de euros, considerado impopular, ajudava a aliviar a pressão sobre os ativos italianos.

"O mercado continua nervoso, muito atento, mas tivemos uma reação italiana que foi notavelmente rápida com relação à auteridade do Orçamento", disse Michel Rose, analista do Deutsche Bank.

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