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O consórcio coreano interessado na licitação do Trem de Alta Velocidade (TAV) que o governo realiza neste fim de ano negou informações da imprensa de que tenha desistido da disputa e afirmou nesta sexta-feira que entregará proposta para o projeto na segunda-feira.

O grupo, chamado de TAV Brasil, formado por cerca de 20 empresas e integrado por gigantes sul-coreanas como a Hyundai Heavy e Samsung SDS e empresas brasileiras como CR Almeida e Constran, afirmou em comunicado que "está pronto para participar do leilão" e que "já possui as garantias bancárias exigidas no edital, para participar do leilão".

"O Consórcio TAV Brasil pretende obedecer ao cronograma estabelecido no edital de licitação e irá apresentar sua proposta na próxima segunda-feira."

O grupo afirma que possui um patrimônio líquido conjunto de 35,4 bilhões de reais e que o faturamento bruto conjugado ao final de 2009 somou 71,6 bilhões de reais.

Segundo os termos do edital do leilão, os grupos interessados em disputar o projeto orçado em 34,6 bilhões de reais têm que depositar garantia de 340 milhões de reais para apresentarem suas propostas. A oferta vencedora será conhecida em 16 de dezembro em sessão pública e o contrato de concessão deverá ser assinado em 11 de maio de 2011.

Ao longo de toda a semana, a imprensa vem publicado que os grupos interessados no TAV pressionavam o governo para adiamento da entrega das propostas, marcada para segunda-feira. Nesta sexta-feira, o diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Bernardo Figueiredo, vai se reunir com os investidores.

Na quinta-fera, o grupo Camargo Corrêa, que tem forte presença no setor de infraestrutura brasileira afirmou que tinha interesse em participar da licitação mas tinha dúvidas sobre a viabilidade do projeto. A francesa Alstom comentou esta semana que estava discutindo com o governo para tomar uma decisão sobre sua participação.

O Ministério dos Transportes calcula que dos 34,6 bilhões de reais estimados de custo total de investimento no TAV, 24,6 bilhões de reais serão para as obras civis, com 2,74 bilhões destinados ao material rodante.

O trajeto de cerca de 511 quilômetros do projeto do TAV envolve as cidades de Campinas, São Paulo e Rio de Janeiro e velocidade máxima de 350 quilômetros por hora. O percurso atravessa terrenos com obstáculos naturais e vai exigir 91 quilômetros de túneis e 108 quilômetros de pontes.

Estão previstas no estudo do governo 8 estações, com mais três opcionais, que incluem áreas próximas de três dos principais aeroportos do país --Viracopos, Guarulhos e Galeão. A tarifa máxima será de 199 reais para o trecho entre Rio de Janeiro e São Paulo. A proposta vencedora será a que apresentar menor valor para a tarifa.

Do custo total do projeto, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vai financiar até 20 bilhões de reais. Segundo o governo, quando concluído, o TAV será um concorrente da ponte aérea entre as duas maiores cidades do país.

Segundo o banco, o TAV deverá transportar, inicialmente, 32 milhões de passageiros por ano e gerar receitas totais de mais de 2 bilhões de reais anuais. O prazo de implantação previsto é de seis anos.

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