Otimistas com os primeiros resultados do programa habitacional "Minha Casa, Minha Vida" - ainda que a contratação de 275,528 mil unidades registradas no ano passado tenha ficado abaixo da meta de 400 mil unidades - entidades e empresas da área já se preocupam com a sua continuidade após as eleições que acontecem neste ano. O setor espera que, independentemente do candidato vencedor da corrida presidencial, o governo indique que existem recursos e faça os ajustes necessários para que o programa federal avance.
O presidente do Sindicato da Indústria da Construção de São Paulo (SindusCon), Sérgio Watanabe, diz que os empresários esperam esse sinal de que devem continuar investindo no setor. "O 'Minha Casa, Minha Vida' é importante, mas é pontual. O que a sociedade quer é um programa que torne esse processo perene", destaca Watanabe.
Na sua avaliação, a chance de a Caixa Econômica Federal atingir a contratação de 1 milhão de casas através do programa até o final de 2010 é factível: "Demanda existe, o nosso déficit habitacional está em aproximadamente 5,5 milhões de unidades, sendo que a maior parte se concentra na faixa de até cinco salários mínimos.
"É preciso chegar a uma política de habitação perene, de Estado e não de governo. Para suprir o atual déficit habitacional seria necessário um programa como esse a cada dois anos", concorda João Crestana, presidente do Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP), ao avaliar que esse é apenas o primeiro passo para resolver o problema em até 20 anos.
Crestana também avalia que é primordial garantir os recursos para a continuidade do programa que, segundo ele, ainda precisa de alguns ajustes. Crestana calcula que seriam necessários mais R$ 20 bilhões para sua continuidade. "É preciso fortalecer as empresas para produção em escala, criar massa crítica, treinar a mão de obra. Assim chegaremos a um produto de qualidade, com custo menor", defende o executivo.
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