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A Seleção Brasileira foi anulada pela França e apresentando um futebol abaixo da média foi derrotada por 1 a 0, dando adeus à Copa do Mundo 2006. Com um gol de Henry e uma partida excepcional do veterano Zidane, a França impõe aos torcedores brasileiros um sentimento de dor semelhante àquele de 1998, quando o Brasil perdeu a final e deu o título aos franceses.

O técnico Carlos Alberto Parreira desmontou o polêmico "quadrado mágico" – formado por Kaká, Ronaldinho Gaúcho, Ronaldo e Adriano – e escalou Juninho Pernambucano no time titular, na vaga do atacante da Inter de Milão. O time não ganhou a mobilidade e velocidade esperadas e, justamente Ronaldinho Gaúcho e Juninho, não jogaram bem. Prejudicado ainda mais pela péssima atuação de Kaká, Cafu, Roberto Carlos e Ronaldo, o time sofreu durante os 90 minutos.

Parreira não reservou marcação especial para o craque francês Zidane e parecia desinteressado em tentar reverter o domínio francês. Demorou para fazer as modificações e pagou um preço alto, ou seja, a derrota e a conseqüente eliminação da Copa 2006.

A França agora enfrenta Portugal pelas semifinais da Copa da Alemanha.

Primeiro tempo

Com o "quadrado mágico" desmontado a Seleção Brasileira pretendia partir para cima da França com Ronaldo e Ronaldinho Gaúcho. Logo aos três minutos o Brasil teve sua primeira chance de gol – que mais tarde veremos que seria a única da primeira etapa. Gaúcho levantou a bola na área para cabeçada de Ronaldo por cima do gol.

A França foi a campo determinada e apostando no futebol do experiente, e quase aposentado, Zidane. O técnico do Brasil disse não ter preparado uma marcação especial sobre o jogador, mas como sempre o jogador francês cresce de produção jogando grandes decisões. Aos 12, Henry criou a primeira chance da França, mas o chute saiu mascado e com pouca força.

Jogando com mais liberdade, já que as "amarras" táticas de Parreira eram apontadas como as causadoras do péssimo futebol apresentado até agora, Ronaldinho Gaúcho se movimentava na frente da zaga francesa. Em dois lances importantes, antes dos 20 minutos de jogo, o meia fez bons lançamentos, mas o ataque não aproveitou as oportunidades.

O jogo seguiu equilibrado pelo menos até a metade do 1.º tempo. A partir dali, a França começou a tomar conta das principais ações do jogo aproveitando as péssimas atuações de Kaká – que não acertou um passe na primeira etapa - Juninho Pernambucano, Cafu e Ronaldo. Em compensação, Gilberto Silva entrou bem no lugar de Emerson e dava um pouco de segurança no setor de marcação. Nesse meio tempo, precisamente aos 24 minutos, o zagueiro Lúcio se tornou o zagueiro a ficar mais tempo sem fazer uma falta em jogos de Copa do Mundo. Com a marca de quatro jogos e 23 minutos, Gamarra, do Paraguai, era o recordista anterior.

A França seguia pressionando e buscando o gol, enquanto o goleiro Barthez apenas assistia ao domínio da sua seleção. O camisa 1 da França não fez sequer uma defesa em todo o 1.º tempo. Aos 37 minutos a segunda grande chance francesa numa cabeçada perigosa de Malouda contra o gol de Dida.

As jogadas de ataque do time francês começaram a levar cada vez mais perigo ao gol brasileiro. Abatido e sem velocidade, o time do Brasil tentava armar contra-ataques, mas a apatia do time era impressionante.

Aos 42 minutos Zidane, mais uma vez livre de marcação, deixou dois marcadores brasileiros no chão e fez um belo lançamento para Henry. O jogador recebeu a bola, mas foi calçado pelo zagueiro Juan, que recebeu cartão amarelo. Na cobrança de falta, Zidane chutou e a bola bateu na mão de Ronaldo dentro da área. O árbitro para o lance, mas marca falta fora da área. Na nova cobrança, a bola rebate e a zaga corta.

Segundo tempo

Nenhum dos treinadores quis mexer em suas equipes para os 45 minutos finais de jogo.

O resultado veio na seqüência, ou seja, com a continuidade do domínio de jogo imposta pela França ao Brasil. O time francês explorava as jogadas rápidas com Ribery, a tranqüilidade e habilidade de Zidane e a presença de área de Henry. Logo no primeiro minuto, Viera cabeceou com perigo ao gol de Dida.

O gol da França estava cada vez mais próximo e aos 8 minutos, por exemplo, Henry completou um cruzamento da direita nas redes do Brasil. Mas, como o atacante francês estava em posição irregular, o arbitrou anulou o gol adversário.

De tanto pressionar, o gol da França finalmente veio aos 11 minutos da 2.ª etapa. Numa cobrança de falta pelo lado esquerdo, Zidane fez o levantamento para a grande área. A zaga falhou, Roberto Carlos parou no lance e Henry surgiu sozinho para tocar no fundo das redes brasileiras e abrir o placar para a França.

A pressão francesa era muito grande e o Brasil não conseguia passar do meio de campo. O técnico Parreira estava atônito no banco de reservas e somente aos 18 minutos do 2.º tempo resolve mexer no time brasileiro. Contudo, para a surpresa de todos que viam um time lento e apático, ele põe Adriano no lugar de Juninho.

A mudança serviu para levar um pouco mais de raça e vontade ao jogo, já que Adriano entrou com determinação. Mas o problema de não usar as jogadas pelas laterais persistia. O jogo seguiu com o domínio francês até por volta dos 30 minutos, quando Cicinho e Robinho entraram no lugar de Cafu e Kaká para tentar arrumar a bagunça tática que era a Seleção Brasileira.

O Brasil passou a ter o domínio da bola, mas nem de longe assumiu o domínio do jogo. Abusando nos erros de passes e tentativas de jogadas individuais, os jogadores brasileiros tentavam. Apenas tentavam. Robinho, em apenas quatro minutos e aos 35 do 2.º tempo, teve a melhor chance do time no jogo. O jogador fez o domínio dentro da área e chutou à esquerda de Barthez.

Aos 42 o Brasil teve boa chance de empatar o jogo. Depois de boa jogada de Ronaldo na entrada da área, Thuran fez a falta e levou o amarelo. Na cobrança, Ronaldinho Gaúcho chutou com perigo ao gol de Barthez. Logo depois, Ronaldo chuta forte para boa defesa do goleiro francês.

Nos minutos finais a tensão e o nervosismo tomaram conta dos jogadores brasileiros que tentavam chegar ao gol de empate, mas o apito do árbitro Luis Medina Cantalejo aos 48 minutos do 2.º tempo adiou o sonho do hexacampeonato brasileiro por pelo menos mais quatro anos.

Confira como foi a derrota do Brasil lance a lance

Veja as melhores imagens do jogo Brasil x França nas lentes dos fotógrafos da Gazeta do Povo

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