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Para a jornalista Milana Bernattt, de 23 anos, pensar em frio é lembrar da Ucrânia, país onde reside atualmente. Além das temperaturas batendo as dezenas de graus negativos, a população local não está muito ligada à seleção ucraniana. Natural de Toledo, interior do Paraná, Milana escolheu a cidade de Odessa, de frente ao Mar Negro, para fazer intercâmbio. Dá aulas de inglês às crianças num programa que incentiva o desenvolvimento social do país. Causa nobre, mas e a Copa? A questão é sua Milana:

"Clima de Copa? Vai ter Copa? Onde? Quando? O clima de Copa na Ucrânia só é sentido pelos fãs do futebol brasileiro. Propagandas da Nike estão em todos os lugares e o Ronaldinho Gaucho é onipresente, assim como as camisas da seleção brasileira. Os ucranianos não são muito ligados em futebol. Sabem que o time deles vai pra Copa, mas não têm esperança nenhuma. A impressão que eu tenho é que a seleção ucraniana de futebol é tão popular na Ucrânia quanto a seleção feminina de handebol é no Brasil. A grande paixão nacional é o livro, seguida de perto por ginástica rítmica. Nas ruas o mais comum é ver o pessoal jogando basquete, tênis ou badminton [um jogo de petecas com raquetes]. É a primeira vez que passo a Copa fora do Brasil. É fácil administrar a euforia e a ansiedade desde que eu não tenha acesso à internet, porque a Copa não está na TV e nem nos jornais. Em compensação, na imprensa brasileira e nas conversas com os amigos só dá Copa! Para poder assistir aos jogos vou ter que conseguir TV a Cabo e explicar ao meu chefe que dia de jogo é feriado nacional no Brasil. Minha estratégia é usar a camisa da seleção sempre que possível – mesmo que isso não queira dizer que sou brasileira – e pedir para os meus amigos empolgados mandarem mensagens de celular com os placares dos jogos. Só pra poder sorrir e falar baixinho pra pessoa do lado: gol!"

Leia a história anterior: temperatura da Copa elevada nos países ibéricos

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