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Leilão

Copel investirá R$ 10,5 mi em linha de transmissão

A Copel arrematou um dos sete lotes de linhas de transmissão leiloados ontem pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A estatal paranaense será a responsável pela construção, operação e manutenção de uma linha de 29 quilômetros entre as subestações de Bateias, em Campo Largo (região metropolitana de Curitiba) e do bairro Pilarzinho, na capital.

As empresas vencedoras do leilão foram as que apresentaram a menor tarifa de transmissão. A Copel propôs uma receita de R$ 665 mil por ano, valor 53% inferior ao máximo estabelecido pela Aneel para o trecho (R$ 1,41 milhão). Como as duas subestações do lote F pertencem à própria Copel, a companhia pôde fazer uma "oferta imbatível", segundo o presidente da companhia, Rubens Ghilardi. O investimento previsto na linha é de R$ 10,47 milhões, e a operação deve ter início 15 meses após a assinatura do contrato. A concessão é válida por 30 anos.

Reforço

Em nota, a Copel informou que a ligação entre as subestações de Bateias e do Pilarzinho vai reforçar o anel elétrico formado por subestações e linhas de alta capacidade que abastecem Curitiba e região, principalmente Rio Branco do Sul e seu pólo cimenteiro.

Inaugurada em 2000, Bateias é a maior subestação do sistema de transmissão da Copel, e recebe parte da energia produzida pelas hidrelétricas do Rio Iguaçu. Segundo a companhia, a subestação é importante "para garantir confiabilidade e segurança ao suprimento de toda a região metropolitana de Curitiba".

A Copel também participou do leilão de uma linha de 233 quilômetros no Rio Grande do Sul, que exigirá investimentos de R$ 52,71 milhões, mas foi batida pela Eletrosul. "Ela aproveitou facilidades estratégicas semelhantes àquelas que nos valeram o sucesso na disputa da linha entre Bateias e Pilarzinho", disse Ghilardi. Outra empresa paranaense, a J. Malucelli Construtora de Obras, participou do leilão de três lotes, em consórcio com a goiana Fuad Rassi Engenharia e Comércio, mas não arrematou nenhum.

A diretoria da Aneel avaliou que "as empresas brasileiras foram as grandes vencedoras do leilão", já que a única estrangeira a receber uma concessão teria sido a espanhola Cymi Holding S/A, que arrematou uma linha entre Piauí e Ceará. No entanto, a vencedora do maior lote – com 720 quilômetros, entre Tocantins e Piauí – foi a Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista (Cteep), que é controlada por uma empresa colombiana, a ISA. Os demais lotes foram arrematados pelas estatais Chesf, Eletrosul e Eletronorte.

No total, foram leiloados 1.941 quilômetros de nove linhas de transmissão e quatro subestações de energia em dez estados, que devem entrar em operação entre 15 e 21 meses após a assinatura dos contratos. O investimento total é estimado em R$ 1,051 bilhão.

O deságio médio do leilão – diferença entre a tarifa máxima determinada pela Aneel e a proposta pelas empresas – ficou em 51,3%, um recorde nos leilões. Em nota, a Aneel disse que os deságios vão beneficiar o consumidor, pois a tarifa de transmissão é um dos componentes da tarifa paga às distribuidoras.

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