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Autoridades financeiras da Coreia do Sul anunciaram neste domingo (13) medidas para aliviar os impactos adversos de movimentações intensas no fluxo de capital estrangeiro no país. As novidades incluem a limitação de posições em contratos futuros no exterior, tanto para os bancos locais quanto para as instituições estrangeiras que operam no território sul-coreano. As medidas, que devem ser implementadas em julho, confirmaram as expectativas do mercado.

Nas últimas semanas, as autoridades vinham se mantendo caladas sobre o assunto, diante da possibilidade de as mudanças provocarem turbulências no mercado financeiro local. Hoje, o vice-ministro de Finanças e Estratégia, Yim Jong-yong, informou que as autoridades conduziram "testes de estresse" junto aos bancos locais e estrangeiros antes da implementação das medidas. "Nós descobrimos que a razão fundamental para a crise financeira no passado foi a excessiva volatilidade nos fluxos de e para o país", observou o Ministério das Finanças, em comunicado assinado em conjunto com o banco central do país, a Comissão de Serviços Financeiros e o Serviço de Supervisão Financeira.

De acordo com o documento, os fluxos acelerados de capital levaram à instabilidade financeira e, consequentemente, a um esfriamento da economia real do país. As autoridades afirmaram que a redução dos excessivos empréstimos de curto prazo tomados no exterior pelos bancos e do uso de empréstimos denominados em moeda estrangeira são pontos importantes para evitar a repetição do problema.

Segundo o documento, as novas medidas vão atenuar os fluxos "nas duas direções" e produzir um ambiente mais favorável aos investimentos. As novas regras representam os esforços mais recentes de Seul para tentar conter a volatilidade, que causa dor de cabeça aos exportadores e cria instabilidade para o setor financeiro. O won sul-coreano é considerado uma moeda que oscila mais do que as outras. Normalmente, ela é usada pelos bancos que desejam assumir posições mais arriscadas em relação às economias da Ásia.

Limites

Pelas medidas, os bancos locais deverão limitar suas posições com derivativos futuros, incluindo swaps cambiais (contratos de troca de moedas) e contratos a termo em que não existe a entrega física da moeda na liquidação. O limite a essas posições será de 50% do capital que os bancos ostentarem no fim do mês anterior.

Bancos estrangeiros que operam no país, cujas posições em contratos futuros eram de 301% no fim de abril, deverão diminuir essas posições para 250% do capital. As autoridades vão ajustar o limite máximo permitido para as operações a cada trimestre.

A regra atual prevê que bancos locais e estrangeiros podem combinar suas posições líquidas nos mercados cambiais à vista e futuro em até 50% do capital. Consequentemente, os bancos podem assumir posições grandes nos mercados futuros, desde que compensem essa exposição no mercado à vista. As informações são da Dow Jones.

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