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Para entender

Correios em crise podem não pagar o 13º dos funcionários

Em crise, Correios precisam de injeção de recursos da União ou empréstimo até mesmo para pagar o 13.º salário, que vence no dia 20. (Foto: Joédson Alves/Agência Brasil)

Com um prejuízo recorde de R$ 6,1 bilhões, os Correios correm o risco de não pagar o 13º salário de seus funcionários. A estatal busca um socorro bilionário do governo e de bancos, mas a liberação do dinheiro enfrenta obstáculos, e a data limite para o pagamento se aproxima.

Por que os Correios chegaram a esta situação?

A empresa enfrenta uma crise financeira histórica e acumula um prejuízo de R$ 6,1 bilhões até setembro. Para honrar seus compromissos, incluindo o 13º salário, precisa de um aporte emergencial de R$ 6 bilhões do Tesouro ou de um empréstimo de R$ 20 bilhões negociado com um grupo de bancos. Sem esses recursos, não há garantia de que os pagamentos serão feitos até o prazo final, em 20 de dezembro.

Quais são as opções para socorrer a empresa?

Existem duas alternativas: um repasse direto do Tesouro ou um empréstimo bancário. O empréstimo é visto como a opção mais viável, pois a ajuda direta do governo precisa seguir as regras do novo arcabouço fiscal — o conjunto de normas que controla os gastos públicos —, o que tornaria o processo muito lento. A outra saída, um crédito extraordinário (dinheiro liberado para despesas urgentes e imprevisíveis), já foi descartada pelo ministro da Fazenda.

O que está travando o empréstimo com os bancos?

Mesmo com o governo se oferecendo como fiador, os bancos (Banco do Brasil, BTG Pactual, Citibank, ABC Brasil e Safra) estão cobrando juros considerados muito altos, próximos a 20% ao ano. As instituições financeiras veem a operação como arriscada e exigem que os Correios apresentem um plano de reestruturação detalhado antes de liberar os R$ 20 bilhões, o que ainda não aconteceu de forma satisfatória.

Qual a responsabilidade do governo na crise?

Segundo a Associação dos Profissionais dos Correios (ADCAP), o governo, como único acionista, é o responsável final pela manutenção da empresa. A associação afirma que os Correios sempre se financiaram com as próprias receitas para garantir a presença em todo o país, um serviço que custa R$ 5 bilhões por ano e que a empresa não consegue mais bancar sozinha. Por isso, cobram uma atitude do Executivo.

O que está sendo feito para garantir o futuro da empresa?

O governo publicou um decreto autorizando a garantia para o empréstimo, mas exigiu um plano completo de reestruturação. Uma primeira fase desse plano já foi anunciada, prevendo o fechamento de agências deficitárias e um Programa de Demissão Voluntária (PDV). No entanto, expertos do mercado consideram as medidas tímidas e questionam se serão suficientes para tornar os Correios competitivos novamente.

Este conteúdo foi gerado com inteligência artificial. Para acessar a informação na íntegra e se aprofundar sobre o tema consulte a reportagem a seguir.

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