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Estimativa

Crescimento do comércio cai para 6% em 2007, prevê OMC

O crescimento do comércio internacional vai permanecer robusto em 2007, embora deva cair dos 8 por cento de 2006 para 6 por cento neste ano, acompanhando a desaceleração da expansão global, disse a Organização Mundial do Comércio (OMC) na quinta-feira.

Em sua primeira estimativa para 2007, os economistas da OMC disseram se basear numa expansão de 3 por cento para a economia mundial neste ano, abaixo dos 3,7 por cento de 2006.

O comércio mundial no ano passado cresceu acima da estimativa anterior da OMC, 7 por cento, tendo a segunda maior expansão desde 2000, num reflexo do crescimento superior ao esperado na Europa e no Japão, segundo relatório da OMC.

A participação dos países em desenvolvimento no comércio global subiu para 36 por cento, um recorde, sendo que a China continua tendo a maior expansão.

No segundo semestre de 2006, as exportações chinesas de bens pela primeira vez superaram as dos EUA, embora no acumulado do ano os chineses tenham ficado em terceiro no ranking.

A Alemanha continuou sendo o maior exportador mundial de bens, embora no atual ritmo a China deva alcançar esse posto já em 2008, segundo os economistas da OMC, que antes previam que isso fosse ocorrer apenas em 2010.

"Os dados do primeiro trimestre mostram que as exportações chinesas continuam crescendo rapidamente, de forma menos pronunciada, mas ainda muito fortes, e a tendência no crescimento das exportações dos EUA é menos forte", disse o economista-chefe da OMC, Michael Finger, em entrevista coletiva.

Ele alertou que a previsão de que a China se tornará o maior exportador mundial em 2008 ainda é um "palpite". "Essas coisas dependem demais do desenrolar das taxas de câmbio", explicou.

Apesar do seu enorme déficit comercial, os EUA tiveram o maior crescimento nas suas exportações em uma década - mais de 14 por cento, segundo a OMC. Feito o ajuste de preços, as exportações dos EUA cresceram mais do que o comércio mundial como um todo e mais que suas importações.

Das sete regiões geográficas usadas pela OMC, a Comunidade de Estados Independentes (CEI, formada por ex-repúblicas soviéticas) foi a que apresentou um crescimento comercial mais dinâmico no ano passado, beneficiando-se dos aumentos nos preços dos metais e combustíveis no mercado mundial.

"O forte desempenho de 2006 é bem-vindo, particularmente os ganhos obtidos por países em desenvolvimento e menos desenvolvidos", disse o diretor-geral da OMC, Pascal Lamy.

Mas ele alertou para incertezas na economia global em 2007, que segundo ele torna mais urgente uma conclusão da Rodada Doha das negociações comerciais mundiais, iniciadas em 2001, quase abandonadas em julho de 2006 devido a discordâncias em questões agrícolas e recentemente retomadas nos bastidores.

"As incertezas existentes pela frente são um alerta para que não percamos de vista a necessidade de continuar as reformas na economia mundial", disse Lamy.

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