• Carregando...
Vídeo: | RPC TV
Vídeo:| Foto: RPC TV

O aquecimento do mercado imobiliário, favorecido pela maior oferta de crédito, já criou mais vagas de emprego em Curitiba do que em todo o ano passado. De acordo com o Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado do Paraná (Sinduscon-PR), até junho foram abertos 2.852 novos postos de trabalho, enquanto em todo ano de 2006 foram criadas 2.568 vagas no setor, um crescimento de 11%. Isso porque a quantidade de obras subiu. De acordo com a Prefeitura de Curitiba, no primeiro semestre deste ano, foram concluídos 670 mil metros quadrados, contra 610,4 mil metros quadrados em 2006 -- o que representa um aumento de 10%. Em todo o Paraná, o número é de 5.786 novas vagas, número pouco menor do que os 5.955 empregos gerados no ano passado.

A tendência é de que surjam ainda mais vagas, porque as construtoras seguem contratando e prevêem novas obras para o fim do ano. Dados da prefeitura comprovam o aumento na demanda. No primeiro semestre de 2007, foram liberados 847 mil metros quadrados em alvarás para construção (que revelam intenção de construir), um aumento de 32% em relação ao mesmo período de 2006, quando foram liberados 640,2 mil metros quadrados.A construtora Plaenge aumentou de 200 para 250 a quantidade de funcionários do ano passado para cá. A previsão é de que mais 100 ou 200 trabalhadores sejam chamados até o fim do ano e outros 200 no começo do ano que vem. Números que elevariam o total do quadro de pessoal para 550 ou 650 -- praticamente o triplo.

Deste total, 85% são terceirizados. Os profissionais mais procurados são pedreiros e carpinteiros, mas engenheiros, estagiários de engenharia e arquitetura, pintores, eletricistas e azulejistas também são visados. "Temos três obras em andamento e devemos começar mais uma no fim do mês. Se tudo der certo, até o fim do ano vamos iniciar ainda mais uma e no começo do ano que vem outras quatro", diz Frederico Hofius, gerente de engenharia da empresa. A Plaenge prevê investir R$ 115 milhões neste ano em Curitiba. Em 2006, o volume foi de R$ 50 milhões, menos que a metade.

Na construtora Héstia, a quantidade de funcionários também deve triplicar. No ano passado, a empresa tinha 45 empregados, número que está em 100 hoje e pode chegar a 120 no fim do ano. "A queda do juro é o principal fator que reaqueceu o mercado. Isso tem atraído muito quem vai adquirir um imóvel pela primeira vez, que representa 70% da nossa clientela", diz o diretor Gustavo Selig. A procura maior vem junto com o aumento na demanda por projetos. Em 2006, a Héstia investiu R$ 8 milhões em dois empreendimentos, valor que deve subir para R$ 25 milhões investidos em seis obras, um volume 212,5% maior.

Outra construtora que precisa de mão-de-obra é a Thá. Segundo o gestor de engenharia imobiliária da empresa, Nilton Neilor Antonietto, o quadro de pessoal terceirizado subiu de 800 para mil, de 2006 para cá, enquanto o número de funcionários do setor administrativo aumentou de 210 para 250.

Outros requisitados

As oportunidades de trabalho que o mercado imobiliário cria não são só para carpinteiros e pedreiros. Corretores de imóveis também são requisitados. A empresa de planejamento imobiliário Galvão Nuna começou o ano com 20 corretores, agora está em 30 e deve chegar a 50 em novembro. "Até setembro vou ter que dobrar minha equipe de vendas, só para os contratos já feitos. A procura por imóveis está grande e a venda muito rápida. Vendemos 80% das 180 unidades de um prédio inteiro apenas no dia do lançamento", diz Gerson de Silva, diretor comercial da empresa. Para ele, a estabilidade econômica, o crescimento na renda do trabalhador, o juro baixo e o aumento no acesso ao crédito explicam a retomada do setor.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]