O presidente da Federação da Agricultura de Mato Grosso (Famato) Rui Prado, disse nesta quinta-feira que a situação da pecuária de corte no Estado é "gravíssima". Por causa da crise internacional, muitos frigoríficos de Mato Grosso deixaram de abater os animais e não pagaram, segundo ele, pelos lotes que haviam sido entregues pelos pecuaristas. Ele disse que a paralisação já comprometeu 40% da capacidade instalada de abate no Estado.
As estimativas da federação indicam corte de 12 mil postos de trabalho no Estado. Este número considera a situação dos funcionários do Frigorífico Independência, cujos abatedouros tiveram as atividades paralisadas.
"Há uma crise de confiança muito grande. O produtor tem medo de entregar seus animais porque teme levar calote", afirmou. Prado reuniu-se nesta quinta, em Brasília, com o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes. Nesta reunião, o ministro disse, segundo interlocutores, que o governo está preocupado com a situação dos frigoríficos.
O assunto foi tratado ontem em reunião entre Stephanes, ministros da área econômica e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O ministro contou aos representantes da Famato que o presidente Lula determinou ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) que agilize o processo de financiamento para esta cadeia produtiva. No entanto, para fontes do governo, apenas o financiamento não resolve o problema dos frigoríficos. A solução passa por uma reestruturação da cadeia produtiva de carne bovina.
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