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Após aprovação de pacote nos EUA, Bovespa fecha à mínima do ano

A aprovação do pacote de ajuda de US$ 700 bilhões a bancos pela Câmara dos Estados Unidos não garantiu um pregão tranqüilo à Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) nesta sexta-feira (3), que fechou no menor patamar de pontos de 2008. A queda acumulada é de 30,3% neste ano. O dólar fecha valendo R$ 2,046.

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O ministro da Fazenda admitiu nesta sexta-feira (3) que o ritmo de crescimento do país pode diminuir em 2009 devido ao agravamento da crise financeira global, mas avaliou que a turbulência provocou uma correção "oportuna" do câmbio no país.

"O câmbio agora está mais alinhado e mais compatível com as nossas condições", disse Mantega, durante palestra na Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq). "Minha impressão é que o câmbio não voltará aos níveis em que estava no passado (recente), ficará num patamar mais realista", acrescentou.

Depois de chegar a R$ 1,557 no início de agosto, na menor cotação desde 1999, o dólar ganhou grande impulso nas últimas semanas com o aprofundamento da crise global, que abalou as linhas externas de financiamento, fechando acima de R$ 2 na quinta-feira pela primeira vez desde agosto de 2007.

"As exportações deverão melhorar a partir deste câmbio", previu o ministro.

Crescimento moderado

Mantega admitiu que a economia brasileira poderá desacelerar seu ritmo de crescimento no próximo ano. Sem se comprometer com números, o ministro disse apenas que "podemos admitir que haverá uma redução no ritmo de crescimento em 2009".

Antes do agravamento da crise financeira nas últimas semanas, Mantega vinha insistindo que a economia brasileira poderia crescer 4,5% no próximo ano, estimativa superior às projeções dos analistas de mercado, que apostam em uma expansão de 3,55%, segundo levantamento feito pelo Banco Central.

"Mas temos como ultrapassar este momento traumático, o governo tem um arsenal grande de medidas que podem ser tomadas", disse.

Após a palestra, Mantega disse a jornalistas que o governo pode fazer uso "criativo" das reservas internacionais para dar mais liquidez ao mercado, mas não deu detalhes de como poderia usar os mais de 200 bilhões de dólares das reservas do país.

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