O estudante Gustavo Henrique Wafmanfdorf decidiu começar desde cedo a prática em Direito. No início do segundo ano da graduação, resolveu fazer o curso de práticas forenses do IEJ porque ainda não conseguiu um estágio na área. "A maioria dos estágios já pede experiência, o que aprendi agora", revela. Desde meados de janeiro, durante um mês e duas vezes por semana, Gustavo conheceu o mínimo exigido para trabalhar em um escritório de advocacia como protocolar uma petição no Fórum, por exemplo. O futuro bacharel ainda tem planos difusos, mas pretende advogar no início da carreira, se especializar em meio ambiente e depois prestar concurso para o Ministério Público da União.
A advogada Mariangela Bavaresco, formada há três anos, está um pouco adiantada, fazendo preparatório para a segunda fase do concurso para procurador do estado. "Quero seguir a carreira acadêmica, ser professora", explica. "Para isso preciso da disponibilidade de horário que o setor público oferece." Um problema apontado por ela é que geralmente as contratações nos escritórios de advocacia são feitas sem carteira assinada e o profissional ganha um porcentual sobre os honorários que recebe ou sobre os clientes que conquista.
Mesmo assim, para Mariangela, o mercado de trabalho em Direito tem um campo bem amplo e deve aumentar a oferta de vagas no futuro. "Não acho que seja difícil achar emprego. O recém-formado entra em qualquer empresa pelos programas de trainee, pode trabalhar no setor jurídico de médias e grandes empresas, ser assessor de qualquer pessoa." Além disso, para ela, o que deve crescer no Brasil é o Direito preventivo, não só o contencioso, que já tem aumentado. Se conseguir entrar no setor público, Mariângela espera fazer um mestrado em Processo Civil. (MS)
