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O dólar comercial inverteu o movimento da véspera e fechou em alta ante o real nesta quinta-feira (2), acompanhando um cenário externo mais pessimista depois da divulgação de dados sobre emprego nos Estados Unidos. No fechamento, a moeda americana teve alta de 1,19%, fechando a R$ 1,952 para a venda.

"Na realidade, hoje o mercado (de câmbio) seguiu o movimento lá de fora. Os números de desemprego nos Estados Unidos vieram piores que o esperado e isso mexeu com o dólar aqui", avaliou Francisco Carvalho, gerente de câmbio da Corretora Liquidez.

O Departamento do Trabalho dos Estados Unidos anunciou nesta quinta-feira o corte de 467 mil postos de trabalho em junho. Isso interrompeu uma tendência de quatro meses de desaceleração das demissões. Com isso, a taxa de desemprego subiu para 9,5%, a maior em 26 anos.

Na zona do euro, dados revelaram que a taxa de desemprego também avançou para 9,5% em maio, atingindo o maior patamar em 10 anos. Pela manhã, o Banco Central da Europa (BCE) manteve a taxa de juros para os países que usam o euro em 1% ao ano.

Mercado externo

A alta do dólar no mercado doméstico também foi ajudada pelo fortalecimento da divisa norte-americana em nível global. Frente a uma cesta com as principais moedas mundiais, o dólar ganhava cerca de 0,7% no fim da tarde. Os efeitos também foram sentidos pelo petróleo, que caiu mais de 3% no dia.

Além desses fatores, para Marcos Trabbold, operador de câmbio da B&T Corretora de Câmbio, o adiantamento do feriado de 4 de julho nos Estados Unidos para sexta-feira (3) pode ter estimulado investidores a fazer "hedge" (proteção) no mercado de câmbio futuro, por meio da compra de dólares.

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