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Setor automotivo

DAF inicia obras em Ponta Grossa no mês de agosto

Marca europeia de caminhões, pertencente à norte-americana Paccar, já limpou o terreno dos Campos Gerais onde investirá R$ 320 milhões

De Luca, diretor da DAF no Brasil: sete fornecedores já confirmados nas imediações da fábrica | Derek Kubaaski
De Luca, diretor da DAF no Brasil: sete fornecedores já confirmados nas imediações da fábrica (Foto: Derek Kubaaski)

Começam no final de agosto deste ano as obras de construção civil da unidade da montadora holandesa de caminhões DAF em Ponta Grossa, nos Campos Gerais. Até o momento, a empresa já providenciou a limpeza e a terraplenagem de mais de 80% do terreno onde a fábrica será instalada. O investimento de US$ 200 milhões (R$ 320 milhões) foi anunciado em janeiro de 2012 e deve começar a render os primeiros "frutos" em setembro do próximo ano, quando a fábrica entra em operação. A DAF é a marca europeia da multinacional norte-americana Paccar.

A unidade vai ocupar pouco mais de 1% da área total comprada (30 mil metros quadrados de um terreno de 2,3 milhões de metros quadrados). O restante está reservado para que empresas fornecedoras de peças possam se estabelecer nas proximidades.

Segundo o diretor de operações da DAF no Brasil, Luiz Antônio De Luca, todos os fornecedores são brasileiros ou empresas multinacionais que já têm sede no país. "Já garantimos entre 50 e 60 parceiros que produzem os componentes principais na fabricação dos caminhões. No começo, algumas peças ainda serão importadas. Nos próximos cinco anos, devemos chegar a 200 fornecedores brasileiros ou internacionais já estabelecidos no Brasil", prevê De Luca.

Ele cita sete empresas que já confirmaram a parceria: a ZF (que vai fornecer os sistemas de transmissão), Meritor (eixos), Dana (eixos), Suspensys (marca subsidiária da Randon, vai fornecer freios e suspensão), Usiminas (cabines), Tupy (fundição dos cabeçotes e dos blocos dos motores) e a Metalsa (chassis).

Segundo o diretor, a unidade terá capacidade para produzir 10 mil caminhões por ano. "Porém, precisamos fazer alguns testes nas primeiras produções, para verificar a qualidade das peças. Por isso, para o primeiro ano completo de produção [2014], estimamos que 2 mil unidades saiam da linha de montagem", antecipa. Ele ressalta que, para abastecer o mercado interno, alguns caminhões vão ser importados antes mesmo de a fábrica entrar em funcionamento, para começar a acostumar o público brasileiro com a marca.

Concorrência

A DAF Brasil deverá concorrer diretamente com a Volvo, Scania, MAN, Mercedes Benz e Iveco, marcas com as quais já compete no mercado europeu. A fábrica brasileira vai produzir modelos "cara chata" cujas capacidades variam de 7,5 toneladas a 80 toneladas. São eles o LF (pequeno porte), o CF (médio porte) e o XF105 (grande porte). De Luca afirma que cerca de 30 grupos de concessionárias já procuraram a DAF. "Em agosto deste ano, iremos anunciar os primeiros dois grupos que vão vender caminhões da marca no Brasil. A cada mês, devemos anunciar dois novos grupos até chegarmos a 100 concessionárias", ressalta.

A DAF pretende, em dez anos, dominar 10% do segmento de caminhões no mercado brasileiro. A marca responde por 15% do mercado europeu e tem forte presença em países como Holanda, Bélgica, Portugal e Inglaterra. Ela faz parte do grupo Paccar, que ainda detém as marcas Kenworth e Peterbilt. Juntas, elas representam 30% do mercado norte-americano e mais da metade do mexicano.

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