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Uma nova audiência de conciliação entre a Dataprev (Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência Social) e os trabalhadores acontecerá nesta sexta-feira, às 10 horas, na sede do Tribunal Superior do Trabalho (TST), em Brasília. Essa será a segunda rodada de negociações entre as partes no tribunal. O mediador será o ministro João Oreste Dalazen. A greve poderá ser reiniciada, dependendo do resultado da audiência, segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Informática e Tecnologia da Informação do Paraná (Sindipd-PR).

A primeira proposta do TST foi apresentada em 28 de outubro, e previa reajuste salarial de 5,53%, abono salarial de R$ 1,5 mil, acordo para um ano e compensação das horas paradas. Já a Dataprev acatou os dois primeiros itens da proposta, mas quer o acordo salarial seja fechado para dois anos e irá descontar os dias parados.

Os trabalhadores e a empresa não chegaram a um consenso por causa do período de vigência dos acordo salarial e da negociação sobre os dias parados.

A greve da Dataprev foi suspensa em 27 de outubro, quando a empresa ingressou no TST com pedido de dissídio coletivo. Entretanto, os trabalhadores podem retomar o movimento, caso não haja acordo nessa sexta-feira. Isso poderá acontecer na próxima semana, se a questão for aprovada nas assembleias estaduais, de acordo com o Sindipd-PR. "A greve é a única forma dos trabalhadores pressionarem a empresa para que apresente novas propostas. Se não houver acordo, a paralisação poderá ser retomada", disse um dos diretores do sindicato, Julio César Justi.

Caso as partes não fechem acordo na audiência do TST, o ministro Dalazen apresentará uma terceira alternativa – diferente das propostas da empresa e dos trabalhadores. E se não houver êxito nas negociações, Dalazen sorteará outro ministro para que seja o relator do processo. Nesse caso o novo ministro irá analisar o processo e marcará uma nova audiência entre a empresa e os trabalhadores.

Entretanto, a empresa poderá apresentar uma nova proposta diretamente à Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Processamentos de Dados, Serviços de Informática e Similares (Fenadados), e então haverá assembleia dos trabalhadores nos estados para votar os novos benefícios oferecidos.

Caso contrário, na nova reunião o TST tentará mais uma vez estabelecer um acordo. Se não for possível, um colegiado que analisa questões relacionadas aos dissídios coletivos dará um parecer sobre o caso.

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