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Mercado financeiro

De olho no exterior, Bovespa sobe e volta ao azul no mês

Nesta segunda, Ibovespa fechou no menor nível em três meses. Analistas dizem que resultado desta terça foi uma correção parcial do descolamento das ações domésticas

De olho nos mercados acionários norte-americano e europeu, que buscaram novas máximas em dois anos, os investidores retornaram à ponta compradora na Bovespa, cujo principal índice recuperou-se nesta terça-feira (21) após ter fechado a véspera no menor nível em três meses.

O Ibovespa subiu 1,41 por cento, aos 68.214 pontos, voltando ao azul no acumulado do mês. O giro financeiro da sessão foi de 6,9 bilhões de reais.

Para profissionais do mercado, o avanço desta terça-feira, bem superior aos das principais praças globais, de certa forma foi uma correção parcial do descolamento das ações domésticas, que vêm exibindo um desempenho mais fraco do que a média internacional, em meio à saída de recursos de estrangeiros.

Segundo dados da Bovespa, o saldo da movimentação de não-residentes no mercado acionário brasileiro em dezembro passou a ficar negativo em 177 milhões de reais na última sexta-feira.

"O cenário para a bolsa brasileira em 2011 é positivo, mas como ainda há muitas incertezas com a crise na Europa e o crescimento da China, o mercado fica nesse sobe-e-desce", disse a equipe de pesquisa da Brava Investimentos.

Nesta sessão, a manifestação de apoio da China às medidas de combate à crise da dívida na zona do euro amenizou a notícia de que a Moody's colocou o rating soberano de Portugal em observação para possível rebaixamento. O principal índice europeu atingiu a máxima em 27 meses.

Em Nova York, os principais índices também flertavam com novos picos em dois anos no momento em que a Bovespa encerrava os negócios, em meio a notícias de fusões e aquisições.

No Ibovespa, o setor de construção civil, o de pior desempenho na segunda-feira, recuperou-se com força, colocando cinco representantes entre as melhores do índice. Em destaque, Cyrela saltou 6,74 por cento, para 19,80 reais. Em seguida apareceram Gafisa, MRV e Rossi Residencial, com avanço de 4,8 a 5 por cento.

O mesmo aconteceu com as fabricantes de aço, que haviam caído na véspera. Gerdau Metalúrgica puxou a fila, com ganho de 4,73 por cento, cotada a 27,65 reais.

Papéis de outras companhias ligadas ao mercado doméstico também se sobressaíram. Das varejistas, Lojas Renner cresceu 4,24 por cento, para 56,50 reais. Entre os bancos, Itaú Unibanco foi o líder, com avanço de 2,3 por cento, a 38,53 reais.

As blue chips deram sustentação ao movimento. A ação preferencial da Vale ganhou 1,1 por cento, negociada a 50,35 reais, enquanto a da Petrobras evoluiu 0,78 por cento, a 25,77 reais.

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