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Um aumento nas receitas originárias de impostos de renda corporativos ajudou o governo dos Estados Unidos a reduzir o déficit orçamentário de junho em 27 por cento na comparação com um ano antes, disse nesta terça-feira o Departamento de Tesouro.

O saldo entre receitas e despesas do governo foi negativo em 68,42 bilhões de dólares no mês passado, abaixo do contabilizado em junho de 2009, quando o déficit chegou a 94,33 bilhões de dólares.

Ainda assim, foi o vigésimo-primeiro mês seguido no vermelho, o que mantém em cena o debate sobre a necessidade de cortar déficits.

Nos nove primeiros meses do ano fiscal de 2010, que termina em 30 de setembro, o déficit do governo caiu a 1,004 trilhão de dólares, pouco abaixo do valor de 1,086 trilhão de dólares registrado nos três primeiros trimestres comparáveis do ano fiscal de 2009.

Novas projeções para o déficit do ano fiscal completo de 2010 devem ser divulgadas pela Casa Branca em 23 de julho, mas a última estimativa, feita em fevereiro, prevê que o "rombo" chegue a 1,6 trilhão de dólares, frente a 1,4 trilhão de dólares no ano fiscal de 2009.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) disse na semana passada que é vital para os Estados Unidos desenvolver uma estratégia crível para colocar seus gastos orçamentários a caminho de uma queda sustentável. Segundo o FMI, caso isso não ocorra, o país pode pôr em risco a frágil recuperação.

A entidade afirmou que essa é a maior contribuição que os EUA podem fazer em prol da estabilidade global.

A série recorde de déficits mensais se deve em parte aos esforços do governo para estimular a atividade após a economia afundar na mais profunda recessão desde a Grande Depressão.

A economia registrou um modesto crescimento durante os três trimestres, com o último deles encerrado em 31 de março deste ano, e o Tesouro procurou ressaltar nesta terça-feira o aumento nas receitas.

Em junho, as entradas, principalmente advindas de impostos, subiram para 251,05 bilhões de dólares, ante 215,340 bilhões de dólares em junho de 2009. As receitas originadas de impostos de renda de empresas ficaram em cerca de 19 bilhões de dólares, enquanto os impostos de renda de pessoas físicas e atrelados ao emprego também avançaram.

O Federal Reserve teve ainda um lucro maior, disse uma autoridade do Tesouro.

As despesas foram as maiores para o mês de junho desde o início da série histórica e ficaram em 319,47 bilhões de dólares, ante 309,67 bilhões de dólares em junho do ano passado.

Mais gastos com educação, despesas elevadas do Federal Deposit Insurance Corp --que ajuda a fechar bancos em falências-- e mais gastos com defesa e seguros sociais foram as principais razões para o recorde nas despesas, afirmou a autoridade.

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