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Os parlamentares democratas americanos querem acrescentar cláusulas ao pacote de ajuda de US$ 700 bilhões anunciado este fim de semana pelo Departamento do Tesouro dos Estados Unidos. Entre as alterações estariam a imposição de limites às compensações para os executivos e uma cláusula que permitirá que o governo tome ações de qualquer instituição financeira que aderir ao programa.

De acordo com o jornal americano Wall Street Journal (WSJ), o presidente do comitê bancário do Senado, Christopher Dodd, começou a fazer circular entre os congressistas seu projeto de 44 páginas na noite de domingo, que deverá se mostrar problemático para o governo de George W. Bush. O governo quer evitar que os parlamentares incluam grandes mudanças, para que estas não atrasem a aprovação do pacote.

O plano de Dodd não permitiria que o Departamento do Tesouro compre qualquer ativo a menos que receba em troca ações contingentes da instituição financeira com valor equivalente aos ativos que estão sendo comprados. A proposta do Tesouro não prevê que o governo receba qualquer ação da empresa que vender ativos podres para o fundo governamental que os está assumindo.

Os democratas também devem pedir ao Departamento do Tesouro que inclua uma cláusula em separado que limite as compensações para os executivos das companhias que aderirem ao programa. O plano de Dodd limitaria o pagamento "para excluir incentivos para que os executivos corram riscos que o governo considerar inapropriados ou excessivos." A proposta dele também é estender as limitações para os executivos seniores a níveis apropriados "ao interesse público, tendo em vista a ajuda que está sendo dada à instituição".

O projeto de Dodd prevê ainda a criação de um programa de inspeção geral e um comitê separado de supervisão emergencial que incluiria altos representantes do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), da FDIC, órgão que regula os bancos de varejo dos EUA, e da SEC, órgão regulador do mercado de capitais dos EUA.

Dodd esteve reunido ao longo de todo o fim de semana com outros congressistas para a elaboração de suas propostas. Sua contraparte na Câmara dos Representantes, o presidente do comitê de serviços financeiros, Barney Frank, está trabalhando num plano separado que também inclui um teto para as compensações aos executivos. O projeto de Bill deverá ter trâmites mais rápidos do que o do Senado e poderá ser votado nos próximos dias.

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