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 | Daniel Castellano/Gazeta do Povo
| Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo

A severa crise está comprometendo o futuro do país. A capacidade de o Brasil crescer nos próximos anos caiu drasticamente de 2013 a 2015. Quando for superada a recessão que já aflige o país desde meados de 2014, o Produto Interno Bruto (PIB, conjunto de bens e serviços) só conseguirá subir cerca de 1% ao ano, segundo cálculos de diferentes economistas.

População, investimento e produtividade caindo ou crescendo pouco estão minando o potencial de expansão do país, que já superou 4% na segunda metade da década de 2000. Os três pilares que definem o quanto o país consegue crescer, sem que a inflação aumente, estão retrocedendo com a recessão e a rápida transição demográfica.

“A curto prazo, melhorando a expectativa, com confiança reagindo, a economia pode voltar a crescer rápido. Há uma ociosidade de capacidade produtiva bastante significativa que permitiria à economia crescer mesmo não investindo tanto. Mas, esgotada a capacidade ociosa, no momento seguinte à recuperação, será necessário fazer um esforço para voltar a crescer mais, com medidas de longo prazo “, diz José Ronaldo de Castro Souza Júnior, coordenador do Grupo de Conjuntura do Ipea.

A recessão de 3,8% em 2015 e a expectativa de crise nas mesmas proporções este ano está deixando os parques industriais e os serviços com folga enquanto o desemprego atinge 9,6 milhões de pessoas.

Já o crescimento populacional diminui: o IBGE estima que chegaremos a 2030 com a população crescendo 0,4% ao ano. O investimento, outro pilar de estímulo à expansão, vem recuando desde o segundo trimestre de 2014. A partir de 2015, as quedas passaram de dois dígitos, sem trégua.

Enquanto isso, a produtividade no Brasil, que representa um quarto da americana, está estagnada.

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