O principal indicador de tendência da Bolsa de Xangai, responsável pela queda global dos mercados na terça-feira, se recuperou no pregão de hoje, subindo 4%, devolvendo pelo menos a metade das perdas. Segundo analistas, ao que parece, os investidores começaram a perceber que não há razão para turbulências. No início do pregão, o governo chinês negou que pretenda taxar as operações no mercado financeiro.
A maior queda em dez anos registrada pela Bolsa de Xangai na terça-feira (-8,8%) arrastou a Bovespa, que despencou 6,63%, maior queda desde os atentados de 11 de setembro de 2001.
Mesmo com a recuperação da bolsa chinesa, as demais bolsas asiáticas seguiram tendência inversa e fecharam em baixa.
A maior queda da região ficou com a Bolsa de Manila, que perdeu 7,92%. Em Tóquio, o índice Nikkei Nikkei perdeu 515,80 pontos (2,85%) e encerrou o pregão com 17.604,12 unidades. Logo após a abertura, o índice japonês registrou queda de mais de 700 pontos, acima de 3%, mas depois se estabilizou em torno dos 500 pontos de baixa.
A queda na abertura foi a maior do índice Nikkei desde os ataques de 11 de setembro de 2001 nos EUA.
Em Seul o índice Kospi registrou queda de 2,56%. Em Bangcoc, o índice SET fechou em baixa de 1,57%. Em Cingapura, o índice Straits Times fechou em baixa de 3,71%. A Bolsa de Hong Kong, o pregão fechou em baixa de 2,46%.
Em Sydney a bolsa de valores fechou em baixa de 2,67%.
Na Europa, as bolsas seguem a tendência de baixa. Por volta das 8h15m, o índice FTSe da Bolsa de Londres recuava 0,91%, situando-se em 6.228,60 pontos, seguido pelo CAC-40, de Paris, com perda de 0,97% e 5.534,43 unidades. O mais importante indicador de tendência de Frankfurt (DAX) registrava, àquela hora, queda de 0,91%, totalizando 6.757,83 pontos.
A forte queda nos mercados mundiais se deveu ao temor de que o governo chinês anunciasse, nos próximos dias, medidas para conter o crédito bancário e restringir a entrada de capital estrangeiro. Preocupados com o alerta de uma possível recessão americana, dado na segunda-feira pelo ex-presidente do BC americano Alan Greenspan, os investidores passaram a enxergar uma dupla ameaça no cenário global.
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