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Estratégias

Depois do debate, agências põem a mão na massa

Fenapro organiza grupos de trabalho para dar seguimento às propostas apresentadas durante o congresso do setor

Kal Gelbecke, do Sinapro, defende a descentralização das verbas publicitárias. | Divulgação
Kal Gelbecke, do Sinapro, defende a descentralização das verbas publicitárias. (Foto: Divulgação)
Nova diretoria da Sinapro |

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Nova diretoria da Sinapro

A Federação Nacional das Agências de Propaganda (Fenapro) e os sindicatos regionais presentes no encontro nacional do setor, realizado ontem em Curitiba, aprovaram a criação de seis grupos de trabalho. O objetivo é dar andamento às propostas aprovadas durante o 4.º Congresso Brasileiro de Publicidade (realizado em São Paulo em julho) para valorizar os mercados regionais.

A idéia é que esses grupos discutam e apontem propostas para agilizar o processo de implantação das resoluções do painel "A realidade dos mercados regionais", que foi coordenado pela Fenapro durante o congresso. Segundo o presidente da Fenapro, Ricardo Nabhan, a idéia da entidade é ter as recomendações encaminhadas, e algumas inclusive resolvidas, até o fórum do setor que será realizado em 2009.

Os grupos formados têm como tema: 1) licitações públicas; 2) carga tributária; 3) formação educacional e incentivo aos jovens estudantes; 4) aprimoramento e incentivo ao mercado e aos profissionais; 5) relação com os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário e 6) valorização, contratação, parcerias e acordos operacionais.

Segundo o presidente do Sindicato das Agências do Paraná (Sinapro), Kal Gelbecke, um dos principais focos da discussão é a distribuição das verbas publicitárias – hoje altamente centralizadas no eixo Rio-São Paulo. As agências paulistas, estima o presidente, detêm mais de 50% do total da verba publicitária nacional. "Distribuindo as verbas, fortalecemos as agências e também os veículos e os fornecedores dos estados. A cadeia toda melhora."

Gelbecke diz que um dos caminhos para isso é mostrar aos anunciantes as vantagens de atuar localmente. Ele cita, por exemplo, o melhor conhecimento do perfil dos consumidores de cada região e até melhores negociações de mídia.

Um dos exemplos de como isto pode ser feito foi apresentado ontem na palestra do diretor de atendimento da agência paulistana Salles Chemistri. O publicitário apresentou o case da General Motors que, recentemente, colocou no ar campanhas diferentes em 15 estados, entre eles o Paraná. O conceito nacional foi adaptado para as diferentes regiões do país, com elementos característicos de cada uma (como paisagens, sotaques, pontos turísticos e até músicas). Para tanto, a Salles mantém uma rede de agências coligadas e coordena o trabalho de cerca de 230 profissionais.

Com relação ao setor público, uma das idéias em debate é a inclusão de recomendações, nos próprios editais de concorrência, para que as contratantes dividam as verbas publicitárias em várias agências, em diversas regiões do país onde ela tem atuação. Ou ainda, que as grandes agências do eixo Rio-São Paulo firmem parcerias com as empresas menores.

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