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Meta fiscal
Deputado Lindbergh Farias (PT-RJ) defende uma meta fiscal mais frouxa, para permitir mais gastos públicos em 2024.| Foto: Renato Araújo/Câmara dos Deputados

O deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) afirmou nesta quarta-feira (2) que a manutenção da meta de déficit zero na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) foi uma “burrice política”. A declaração foi feita à uma coluna do Estadão.

“Foi uma burrice política grande não ter alterado a meta de déficit zero em dezembro, na votação da LDO. Todo mundo sabe que essa meta não é factível", disse o petista.

Segundo Lindbergh, o governo contratou uma crise para março, quando apresentará o relatório bimestral de avaliação das receitas e despesas. "Agora, no final de março haverá contingenciamento de gastos e cortes grandes no Orçamento. E, para mudar essa meta, em abril, o custo político será enorme. Empurramos com a barriga e contratamos uma crise sem precedentes”, declarou o petista.

A questão da meta do déficit zero dividiu petistas e até integrantes do governo federal. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chegou a defender antes da votação da LDO no Congresso, que a meta fiscal não precisaria ser zero, mas com um rombo entre 0,25% a 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB). Porém, o ministro Fernando Haddad conseguiu convencer Lula a não recuar no ajuste das contas.

Lindbergh reforçou que "há preocupações do PT" com a postura de Haddad e com o risco de contingenciamento no Orçamento. “Não temos nada contra Haddad nem dissemos que tudo está errado, mas que existem preocupações, existem. E elas são legítimas”, insistiu Lindbergh.

Para o deputado, o problema é que, a partir de agora, o governo Lula só terá dois caminhos para tratar do resultado das contas públicas: ou mexer na meta fiscal ou fazer um contingenciamento de despesas neste ano de eleições municipais. “O déficit zero inviabiliza o PAC. O governo já mandou uma proposta orçamentária apertada, a Câmara avançou, o investimento caiu ainda mais e agora haverá contingenciamento", destacou Lindbergh.

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