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O desemprego no Brasil chegou a 7% no primeiro trimestre deste ano de acordo com dados divulgados nesta quarta (30) pela PNAD Contínua, do IBGE. A taxa é 0,8 ponto percentual maior do que nos últimos três meses de 2024, quando chegou a 6,2%.
De acordo com o instituto, o aumento da chamada “taxa de desocupação” se deu pelo aumento do número de pessoas em busca de trabalho – a população desocupada – que cresceu 13,1% na comparação com o trimestre encerrado em dezembro.
“O bom desempenho do mercado de trabalho nos últimos trimestres não chega a ser comprometido pelo crescimento sazonal da desocupação. Mesmo com expansão trimestral, a taxa de desocupação do 1º trimestre de 2025 é menor que todas as registradas nesse mesmo período de anos anteriores”, explica Adriana Beringuy, coordenadora de pesquisas domiciliares do IBGE.
Apesar do aumento no primeiro trimestre deste ano, a taxa de desemprego é a menor para o período em desde março de 2014, quando chegou a 7,2%.
O IBGE informou, ainda, que houve um aumento de 891 mil pessoas em busca de trabalho nos três primeiros meses deste ano, ao mesmo tempo em que a população ocupada do país recuou em 1,3 milhão (-1,3%).
Dos brasileiros que seguiram empregados, a PNAD Contínua aponta que não houve variação significativa do registro em carteira, permanecendo em 39,4 milhões. Já aqueles fora da CLT tiveram uma queda de 751 mil pessoas (5,3%) dos mais de 13 milhões existentes no setor privado.
“A retração da ocupação no primeiro trimestre ocorreu principalmente no emprego sem carteira relacionado à Construção, Serviços Domésticos e Educação”, pontuou a coordenadora.
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O setor da Construção teve uma redução de 397 mil pessoas empregadas, junto de Alojamento e Alimentação (-190 mil), Administração pública (-297 mil) e Serviços domésticos (-241 mil).
Por outro lado, na comparação com o mesmo período do ano passado, a própria Administração pública também contratou consideravelmente no período, com 713 mil pessoas. Foi seguida pelo setor de Atividades financeiras e administrativas, entre outras (518 mil), Indústria geral (431 mil) e Transporte, armazenagem e correio (253 mil).
A pesquisa do IBGE apontou, ainda, que o rendimento médio das pessoas ocupadas chegou a R$ 3.410, um recorde na série iniciada em 2012, com uma alta de 1,2% no trimestre e de 4% na comparação anual. Os aumentos ocorreram em setores como a Administração pública (R$ 145), e Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (R$ 85).








