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Como há queda na renda, mais pessoas estão precisando procurar emprego para ajudar a compor o orçamento da família | Marcelo Elias/Gazeta do Povo
Como há queda na renda, mais pessoas estão precisando procurar emprego para ajudar a compor o orçamento da família| Foto: Marcelo Elias/Gazeta do Povo

O desemprego do país fechou o trimestre encerrado em abril em 8%, acima do verificado em igual período de 2014, que foi 7,1%. É a maior taxa de desemprego para esse intervalo desde o início da pesquisa, em 2012.

No trimestre encerrado em janeiro, imediatamente anterior ao analisado, o desemprego foi de 6,8%. Os dados foram divulgados pelo IBGE nesta quarta-feira (3), e fazem parte da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua.

Como há queda na renda, mais pessoas estão precisando procurar emprego para ajudar a compor o orçamento da família, o que contribui para o aumento do número absoluto de pessoas desocupadas. Os desocupados são formados por pessoas sem emprego, mas estão em busca de oportunidades.

Com a desaceleração na economia – o PIB teve queda de 0,2% no primeiro trimestre – e queda na geração de vagas, o mercado não está sendo capaz de assimilar esses trabalhadores.

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A Pnad investiga 70 mil domicílios em todas as regiões do país. É, portanto, mais abrangente que a PME (Pesquisa Mensal de Emprego), que pesquisa 44 mil domicílios nas seis principais regiões metropolitanas do Brasil.

A pesquisa investiga a situação do desemprego mensalmente, mas por meio de recortes trimestrais móveis. Por isso, o IBGE recomenda para a Pnad comparação com os três meses imediatamente anteriores ao trimestre analisado ou a igual período do ano anterior.

Desempregados

O contingente de desempregados no país alcançou 8,029 milhões, 18,7% superior ao verificado no trimestre encerrado em janeiro de 2015 –o trimestre imediatamente anterior. Na variação em relação a igual período do ano passado, o crescimento foi de 14%.

Já o total de ocupados atingiu 92,1 milhões, volume que caiu 0,6% frente aos três meses encerrados em janeiro e aumento de 0,7% em relação a fevereiro, março, abril de 2014.

O rendimento médio real (descontada a inflação) do trabalhador brasileiro no trimestre encerrado em abril ano foi de R$ 1.855, menor nas duas bases de comparação. De novembro a janeiro, o rendimento médio foi R$ 1.864. De fevereiro a abril de 2014, foi de R$ 1.862.

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PME

O mercado de trabalho vem piorando este ano. A Pesquisa Mensal de Emprego, também do IBGE, restrita a seis grandes metrópoles (Rio, São Paulo, Porto Alegre, Salvador, Recife e Belo Horizonte), mostrou alta expressiva do desemprego neste início de ano.

Em abril, ficou em 6,4%, alta significativa frente aos 4,9% de um ano atrás. Mais 384 mil trabalhadores ficaram desempregados em um ano, subida de 32,7% frente a 2014, somente nas grandes metrópoles.

Com a economia em recessão, a tendência é que o mercado de trabalho continue a piorar ao longo do ano. Em abril, foram cortadas cem mil vagas com carteira de trabalho assinada.

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