O mercado de trabalho brasileiro já passou dos impactos da crise global e a taxa de desemprego deve cair para cerca de 7,5% até o fim deste ano, ante os atuais 8,5%, disse o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, nesta terça-feira (31).
"O pior momento da crise econômica já passou", afirmou o ministro em Roma. Segundo ele, o Brasil é exemplar pelas medidas econômicas adotadas diante do aumento do desemprego.
A previsão do ministro, de 7,5%, levaria o desemprego ao patamar registrado pelo IBGE em outubro, primeiro mês em que foi sentida a crise financeira.
"Nós temos programas fortes na área social, inclusive a Alemanha está interessada. Não apenas porque a previsão social beneficia 27 milhões de brasileiros como também pelo seguro desemprego, que cobre seis milhões de pessoas e pelas medidas de apoio salarial", declarou Lupi.
Lupi, que assistiu uma reunião de ministros dos países do G8 (os sete mais industrializados e a Rússia) junto a seus colegas do México e Egito, que foram convidados como representantes das economias emergentes, defendeu a injeção de dinheiro público na economia.
"Propus que todos os governos do mundo injetem dinheiro público nas empresas privadas e que peçam em troca garantias sociais, entre elas o emprego. A crise não foi criada pelos trabalhadores e sim pelo sistema financeiro, que se achava intocável e perfeito", afirmou.
"Nada mais justo que exigir a garantia de emprego. É uma opinião democrática, que acho que foi bem recebida", acrescentou.



