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O desemprego na zona euro afetou em outubro 11,7% da população ativa, frente aos 11,6% de setembro, sendo que a inflação caiu fortemente em novembro, informou nesta sexta-feira o escritório europeu de estatísticas Eurostat. Trata-se de um novo recorde, que se traduz em 18,70 milhões de pessoas sem emprego em outubro nos 17 países da União Monetária que têm o euro como divisa.

Em um mês, 173.000 pessoas engrossaram as filas de desempregados na zona do euro, completando 2,17 milhões em um ano.

A situação é particularmente dramática na Espanha e na Grécia, dois dos países mais afetados pela crise, onde o desemprego afeta uma em cada quatro pessoas em idade de trabalhar, e mais da metade dos jovens.

Na Espanha, o desemprego subiu para 26,2% em outubro, enquanto que na Grécia, onde os últimos dados disponíveis são de agosto, foi de 25,4%.

Com a contundência da crise, a situação se agravou consideravelmente no último ano nos países do sul da Europa: o desemprego passou de 18,4% a 25,4% entre agosto de 2011 e agosto de 2012 na Grécia; de 9,2% a 12,9% no Chipre; de 22,7% a 26,2% na Espanha e de 13,7% a 16,3% em Portugal.

Em compensação, a Áustria, com 4,3%, Luxemburgo, com 5,1%, Alemanha, 5,4%, e Holanda com 5,5%, apresentam as taxas mais baixas.

No conjunto da União Europeia, a taxa de desemprego foi de 10,7% em outubro, contra os 10,6% em setembro. No total, 25,91 milhões de pessoas estavam, no entanto, sem emprego na UE em outubro.

A título comparativo, a taxa de desemprego era de 7,9% em outubro nos Estados Unidos e de 4,2% no Japão, onde os últimos dados são de setembro.

A Eurostat também informou que a inflação desacelerou em novembro, para 2,2%, frente a 2,5% do mês anterior.

Este dado é inferior ao esperado pelos analistas, que projetavam uma inflação de 2,4% em novembro.

Ele também confirma a desaceleração da inflação observada desde o início do ano, que havia sido interrompida durante os meses de agosto e setembro.

Estas duas estatísticas "colocam em evidência a fragilidade geral da zona do euro", disse Jonathan Loynes, da Capital Economics.

A desaceleração da inflação no início de 2013 pode incitar o BCE a rebaixar sua principal taxa de juros, fixada desde julho em 0,75%, seu nível históricamente mais baixo. "Se a economia não der sinais de reativação no primeiro trimestre, pode haver uma queda das taxas", disse Peter Venden Houte, economista do banco ING.

Não se espera um corte da taxa de juros na semana que vem durante a reunião do BCE.

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