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A despesa corrente média das famílias brasileiras atingiu R$ 2.419,77 em 2009, segundo dados da POF (Pesquisa de Orçamento das Famílias) 2009/2010 divulgada nesta sexta-feira (14) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O valor representou crescimento nominal - sem considerar a inflação - de 44,5% (R$ 745) em relação à POF anterior (2002/2003). A despesa média do brasileiro à época era de R$ 1.674,56.

Gastos com habitação são os que comprometem a maior parte da despesa das famílias brasileiras. Em média, R$ 765,89 (29,2%) das despesas são com aluguel ou compra de imóveis.

O brasileiro compromete mais sua renda com moradia do que com alimentação (16,1% da renda), transporte (16%), saúde (5,9%), educação (2,5%) e poupança (5,8%). Os gastos com alimentação chegam a R$ 421,72; com transporte, R$ 419,19; saúde, R$ 153,81; e educação, R$ 64,81.

Perfil das famílias

Famílias cuja pessoa de referência (que é quem arca com a maior parte dos gastos) tem entre 50 a 59 anos continuam sendo as com despesa corrente mais alta. Os gastos chegam a R$ 2.898,39 por mês, montante 47,2% acima do verificado na POF 2002/2003. Para este grupo, habitação representa em média R$ 873,97 (27,9%) dos dispêndios dessas famílias.

Entre os grupos pesquisados, famílias cujo chefe tem 70 anos ou mais anos são as que têm a maior parte de seus gastos concentrados em moradia -37,6% das despesas.

Esse percentual é alto também entre os jovens de 10 a 19 anos (33,5%) e de 20 a 29 anos (27,8%). Renda menor e menos gente para dividir as contas estão entre os motivos para o percentual alto.

Saúde, educação e transporte

O gasto maior com saúde continua sendo entre os idosos entre 60 a 69 anos (R$ 243,23). O valor cresceu nominalmente 87,9% em relação a POF passada, quando era de apenas R$ 129,38.

Famílias cuja pessoa de referência tem entre 40 a 49 anos são as que têm as maiores despesas com educação. Em média, R$ 91,48 dos gastos (3,1%) são com cursos e semelhantes.

O gasto com transporte --que inclui uso de transporte público e aquisição de veículos-- é proporcionalmente maior em famílias com idade mais estabelecida. O percentual é de 16,9% dos gastos tanto nas famílias com a pessoa de referência com idade entre 40 a 49 anos (R$ 500,51) quanto naquelas com o chefe de família entre 50 a 59 anos (R$ 529,14).

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