O governo central - Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central - fechou o mês de janeiro com superávit primário de R$ 4,3 bilhões. Esse valor equivale a 2,56% do Produto Interno Bruto (PIB) mensal. No mesmo mês do ano passado, porém, o superávit fora de R$ 8,4 bilhões. A redução é de R$ 4,1 bilhões.
O aumento na arrecadação de impostos elevou em R$ 4 bilhões a receita bruta da União em janeiro, para R$ 37,7 bilhões, ante R$ 33,7 bilhões no mesmo mês de 2005, mas as despesas totais registraram crescimento ainda maior, de R$ 7,2 bilhões, passando a R$ 32,8 bilhões, contra R$ 25,6 bilhões há um ano.
Relatório sobre o desempenho fiscal do Tesouro Nacional aponta que houve elevação de R$ 1,9 bilhão, ou 22,7%, nos gastos com pessoal e 40,6%, ou R$ 2,8 bilhões, com custeio de capital sobre janeiro do ano passado. O desembolso de R$ 1,2 bilhão com sentenças judiciais também ajudou a aumentar as despesas com os servidores federais.
A contribuição do Tesouro Nacional para o superávit foi de R$ 9,1 bilhões. Já a Previdência Social e o Banco Central registraram déficits de R$ 4,8 bilhões e R$ 16,3 milhões, respectivamente.
O déficit da Previdência praticamente dobrou em relação ao ano passado. De acordo com o Tesouro Nacional, isso ocorreu porque, enquanto em 2005 as transferências de recursos de terceiros vinculadas às contribuições de seguridade no décimo-terceiro salário foram feitas em fevereiro, este ano o repasse ocorreu em janeiro. Além disso, em janeiro também houve concentração do pagamento de precatórios de benefícios num montante de R$ 1,5 bilhão.



