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Fábrica de óleo de soja em Campo Mourão: perspectiva para a agroindústria em 2010 é positiva | Rogerio Machado/ Gazeta do Povo
Fábrica de óleo de soja em Campo Mourão: perspectiva para a agroindústria em 2010 é positiva| Foto: Rogerio Machado/ Gazeta do Povo

Stephanes vê exportações 5% maiores

O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, estima que as exportações do agronegócio terão um crescimento de 5% neste ano. Segundo ele, embora as exportações, de uma maneira geral, tenham recuado em 2009, o agronegócio se manteve praticamente estável, com queda de 0,4% no volume embarcado. "A crise não afetou as exportações agrícolas. A agricultura continua firme e, como a perspectiva é de retomada, nós acreditamos na possibilidade de aumento de 5% este ano", disse.

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  • Confira: produção industrial do Paraná ficou estável de outubro para novembro

A produção industrial paranaense, após avançar 9,5% em outubro, ficou praticamente estável em novembro de 2009, ao recuar 0,1% em relação ao mês anterior. Na comparação com novembro de 2008, o estado acompanhou a tendência das demais regiões brasileiras e registrou expansão de 4,9%, a segunda taxa positiva consecutiva nesse tipo de comparação.O resultado mostra que a recuperação da indústria continua – afinal, ela está crescendo na comparação com o ano anterior. Mas os impactos da crise sobre o setor fizeram com que ela acumulasse uma retração de 4,3 de janeiro a novembro, na comparação com o mesmo período de 2008. A perda acumulada em 12 meses, que inclui dezembro de 2008, foi ainda maior, de 4,4%.Nos meses de novembro e outubro, a indústria voltou a produzir perto do ritmo de setembro de 2008, mês que marcou a chegada da crise à economia real. Se a retomada for sustentada, é provável que a produção em breve chegue ao nível de maio de 2008, quando atingiu o maior patamar no ano antes da crise. Isso deve ocorrer em algum momento de 2010, segundo a avaliação do coordenador do departamento econômico da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), Maurílio Schmitt. Ele diz que as perspectivas para o agronegócio, o principal ramo econômico do estado, voltaram a ser positivas em 2010, após a quebra de safra ter contribuído para a frustração de 2009.

"Se as expectativas de safra se confirmarem, teremos uma retomada do nosso maior nível de atividade industrial, com foco principalmente no complexo soja e nas carnes. Nossas empresas estão com capacidade instalada adequada para processar toda a previsão de safra", afirma Schmitt.

Concentração

A notícia ruim, no entanto, é que a retomada da economia estadual depende bastante da cadeia alimentícia. "A expectativa positiva se baseia apenas entre os bens de consumo corrente. Entre os bens duráveis produzidos no Paraná, como automóveis e linha branca, o crescimento da demanda ainda é limitado, e não acredito que teremos uma demanda tão aquecida para esse setor no mercado interno", diz.

Ainda segundo o economista da Fiep, a única possibilidade de compensar o "marasmo" no setor de manufaturados será a exportação, que depende da retomada do consumo internacional, especialmente nos países mais ricos, que estão demorando mais a sair da recessão. "É desaconselhável contar com essa possibilidade ainda em 2010."

Ainda que o setor de máquinas e equipamentos – puxado pela fabricação de refrigeradores e congeladores de uso doméstico – tenha sido o terceiro maior destaque da produção paranaense de novembro, o presidente do Sindimetal, que representa o setor metal-mecânico, Roberto Karam, também não acredita na retomada dos manufaturados ainda neste ano. O crescimento de 33,1% frente a novembro de 2009, de acordo com ele, é explicado pela baixa base de comparação, em função dos ajustes de estoques ocorridos no fim do ano passado em pleno estouro da crise.

"Várias indústrias tiveram benefícios, o crédito retomou espaço junto com a confiança dos consumidores, no entanto ainda não temos sinais sólidos de recuperação. Qualquer pedido maior ainda é encarado com cautela, porque existe receio de uma nova bolha de consumo", diz Karam. De acordo com ele, a desordem gerada pela crise tirou a condição de planejamento das indústrias. "O investimento voltou entre os empresários, no entanto eles deixaram de buscar diversificação de produtos: estão se voltando para dentro, investindo apenas em produtividade, redução de custos e otimização de processos."

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