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Investimentos

Dilma diz que PAC pode ser negociado, mas o impacto fiscal, não

A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, disse nesta sexta-feira, logo após deixar a sessão de instalação dos trabalhos do Congresso, que o Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) pode ser negociado com o Legislativo, mas o impacto das medidas, não.

- Toda pauta do Congresso é negociada. Todo este processo é sempre um processo negociável. O que não está em negociação é o impacto fiscal do PAC porque ele é um só - afirmou a ministra, durante uma breve e tumultuada entrevista.

Na mensagem encaminhada ao Congresso para pedir a aprovadação do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva diz que o país vive atualmente o momento de menos desigualdade das últimas décadas e que o Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) é um passo seguinte para expandir as conquistas sociais dos últimos quatro anos.

A mensagem diz que o PAC vai transformar o país num grande canteiro de obras, com novas ferrovias, rodovias, gasodutos, e apela ao Congresso para aprovação das medidas.

"O Brasil mudou. Se pudéssemos condensar esse período numa imagem em movimento, uma notável renovação social e econômica desfilaria diante de nossos olhos. Quadruplicamos os recursos destinados à luta contra a fome e a exclusão, a renda dos brasileiros mais pobres cresceu acima da média nacional e o amparo do Estado chegou a 11 milhões de lares mais humildes. Sete milhões de cidadãos venceram a linha da pobreza. Criamos nesses quatros anos mais de cinco milhões de empregos formais e o salário mínimo quase dobrou seu poder de compra. O Brasil é hoje o país menos desigual das últimas décadas", diz a mensagem.

Pente fino no PAC

Em Campinas, o presidente afirmou que está numa situação confortável, porque não disputa mais nenhum cargo e poderá acompanhar pessoalmente o PAC

Durante cerimônia de lançamento da pedra fundamental da planta industrial de polipropileno da Refinaria de Paulínia da Petrobras, Lula disse que fará diariamente um acompanhamento no estilo "pente-fino" do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para que os investimentos previstos no pacote não se percam ao longo do tempo. Durante cerimônia de lançamento da pedra fundamental da planta industrial de polipropileno da Refinaria de Paulínia da Petrobras, Lula, ao falar do PAC, afirmou que cabe ao presidente tomar conta do rebanho para que o gado não se perca.

- Esse ano eu vou viajar muito pelo Brasil. O acompanhamento do PAC será cotidianamente, vai ser um acompanhamento pente-fino. Aprendi nos primeiros quatro anos do governo que se o presidente não tiver tomando conta do rebanho ele (o presidente) pode ver o gado se perder nesse imenso território de 8 milhões de metros quatros _ disse Lula, lembrando que a responsabilidade sobre o sucesso do PAC passa não só pelas mãos do governo federal, mas também dos estados e municípios.

Assim como tem reiterado em seus recentes discursos, Lula disse que o programa não foi criado apenas para atender as necessidades do governo, mas de toda a sociedade.

- O PAC não é só de interesse do governo, mas da sociedade, sobretudo dos jovens que ainda não entraram no mercado de trabalho - afirmou.

Num discurso em que destacou a oscilação da economia nas últimas três décadas, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva arriscou um volume de investimentos na casa do R$ 1 trilhão na hipótese de as empresas privadas investirem R$ 1 para cada R$ 1 aplicado pelo governo. Lula participou nesta sexta-feira do lançamento da pedra fundamental da indústria de polipropileno da Refinaria da Petrobras, em Paulínia, interior de São Paulo.

- Estamos numa situação econômica na qual podemos anunciar à população brasileira o PAC com praticamente R$ 504 bilhões de investimentos em quatro anos. Se for verdade a teoria de que, para cada R$ 1 que o governo e empresas publicas colocarem a iniciativa privada colocar mais R$ 1, na teoria poderemos chegar a R$ 1 trilhão de investimentos nos próximos quatro anos - calculou o presidente, criticando os que acreditam que crescimento econômico tem a ver com "números fictícios".

- Para mim crescimento econômico significa melhoria na qualidade de vida.

Lula disse ainda que a economia brasileira vem "capengando" desde os anos 80 e que, por isso, uma geração e meia de brasileiros nunca assistiu ao Brasil crescer. O presidente lembrou, no entanto, que entre os anos de 1956 e 1961, o país cresceu 7%, mas com uma inflação batendo na casa dos 23%.

- Ao mesmo tempo o salário decrescia. Queremos provar ao Brasil e ao mundo que podemos crescer com inflação baixa - disse Lula, num discurso seguido ao do vice-governador de São Paulo, Alberto Goldman, que indiretamente cobrou do governo federal novas políticas principalmente para geração de emprego.

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