• Carregando...
Vídeo | RPC TV
Vídeo| Foto: RPC TV

Nas últimas semanas, a Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) e outras entidades da comunidade portuária trabalharam para superar tradicionais divergências e deram início a alguns projetos em conjunto, como a dragagem do Canal da Galheta e a manutenção do corredor de exportação. O clima cordial gera expectativas positivas para o desenvolvimento do Porto de Paranaguá, mas ainda há conflitos que exigem de um entendimento maior entre as partes.

A trégua atual deve durar pelo menos até o próximo dia 20, quando uma comissão de magistrados do Tribunal Regional Federal (TRF) da 4.ª Região fará uma inspeção no porto. A intenção é possibilitar que os desembargadores responsáveis pelos processos referentes ao terminal tenham conhecimento das atividades portuárias. O principal assunto em discussão, que motivou a visita à Paranaguá, é a utilização do silo público para o armazenamento de soja transgênica.

O silo foi liberado para a soja transgênica há dois meses por decisão liminar da Justiça Federal em Paranaguá, atendendo pedido da Associação Comercial, Industrial e Agrícola de Paranaguá (Aciap), do Sindicato dos Operadores Portuários de Paranaguá (Sindop) e do Sindicato das Agências de Navegação Marítima do Paraná (Sindapar). Mas a decisão nunca chegou a ser aplicada, por causa de recursos apresentados e pela dificuldade em intimar a Appa. O TRF suspendeu a liminar em 6 de junho, quando foi determinada a necessidade da inspeção, que ocorrerá apenas no dia 20 deste mês.

A Appa reserva o silão, com capacidade estática para armazenar 107 mil toneladas, para a soja convencional. Segundo os técnicos da autarquia, não é possível fazer a segregação dos grãos, por isso a estrutura é utilizada apenas pelo não-transgênico, para não ocorrer contaminação. Outro ponto levantado pela Appa é que o silo público representa apenas 10% da capacidade total de armazenagem do Porto de Paranaguá. Por isso, a utilização da estrutura para depositar soja transgênica causaria um efeito muito pequeno.

Do outro lado, os operadores dizem que o silão está ocioso e que apenas 20% da soja que chega a Paranaguá é convencional. "O porto iria ganhar. Seriam muito mais trabalhadores atuando no corredor de exportação", opina o presidente da Aciap, Alceu Claro Chaves. Para ele, a mudança também iria contribuir para a logística portuária, já que o silo pode receber o equivalente a 3 mil caminhões de soja. Operadores que trabalham com a soja convencional e a transgênica também dizem que seria melhor utilizar o silão para o grão geneticamente modificado. Segundo eles, os terminais privados poderiam armazenar a soja convencional sem problemas.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]