O medo do endividamento fez cair o percentual de consumidores dispostos a usar o 13º salário para compras de fim de ano em relação a 2012. A Anefac (associação dos executivos de finanças) identificou queda de 12,50% no total de consumidores que pretendem usar o benefício para comprar presentes na comparação com o ano passado (de 16% para 14%) o que, segundo a pesquisa, demonstra maiores dificuldades e preocupações com os gastos neste ano.
O brasileiro se mostra mais preocupado em usar o 13º salário para o pagamento de dívidas. A Anefac indica que 62% dos consumidores pretendem usar o recurso extra para pagar dívidas já contraídas, aumento de 1,64% em relação a 2012.
Ainda de acordo com a associação, 77% dos consumidores têm dívidas no cartão de crédito e no cheque especial e pretendem regularizar sua situação.
Segundo Miguel José Ribeiro de Oliveira, diretor da Anefac, isso mostra que a redução da atividade econômica e a inflação mais elevada aumentaram o endividamento dos consumidores.
A pesquisa revela também que os itens que lideram a intenção de compra são celulares, com 74%, roupas, com 70%, e eletroeletrônicos, com 68%.
Há uma queda na intenção de gastos dos consumidores com produtos mais caros, como eletrônicos, linha branca e informática.
Assim, 80% dos consumidores pretendem desembolsar até R$ 500 no Natal, contra 76% no ano passado. Ao mesmo tempo, houve queda de 25% no número de consumidores que pretende gastar entre R$ 1.000 e R$ 2.000 neste fim de ano.
Além disso, 20% pretendem gastar mais de R$ 500, contra 24% no ano passado. A maior alta percentual, de 9,09%, se deu entre os brasileiros que desejam gastar até R$ 100. Em seguida, com 7,69%, estão os que querem desembolsar entre R$ 100 e R$ 200.
Reportagem da Folha de S.Paulo já havia apontado maior cautela dos brasileiros com as compras do Natal. De acordo com a pesquisa, a intenção de compra é maior entre os presentes mais baratos. A pesquisa revela ainda que 81% dos brasileiros pretendem usar cartão de crédito para pagar as compras de Natal.
Aposentados de 65 anos ou mais têm isenção extra de IR, mas há “pegadinha” em 2024
Esquerda não gostou de “solução” para o rombo compartilhada por Haddad; o que diz o texto
A “polarização” no Copom e a decisão sobre a taxa de juros
Bolsonaro 5 x 4 Lula: BC se divide sobre juros e indica rumo após saída de Campos Neto
Deixe sua opinião