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O dólar comercial acompanhou a queda do risco-país e fechou a quarta-feira com desvalorização de 0,24%, a R$ 2,119 na compra e R$ 2,121 na venda. Foi a quinta queda consecutiva. No período, a moeda teve desvalorização de 2,97% frente ao real. Orisco-país, medido pelo J.P. Morgan, caiu seis pontos, ficando em 225 pontos centesimais. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou o pregão em alta, pelo segundo dia consecutivo, e recuperou parte das perdas acumuladas na semana passada. O Ibovespa encerrou a quarta-feira com avanço de 1,87%, para 38.243 pontos. O volume financeiro chegou a R$ 2,415 bilhões.

Segundo Marcelo Voss, economista-chefe da Corretora Liquidez, hoje, o mercado financeiro sentiu de forma mais clara os efeitos da escolha do governador Geraldo Alckmin como candidato do PSDB à sucessão presidencial.

- Os investidores aceitaram bem o nome de Alckmin, porque reduz ainda mais o risco político. Se eleito, ele traria uma gestão mais profissional. Além disso, a grande capacidade de articulação com forte entrada nas prefeituras é outra qualidade do governador que pode fazer diferença na eleição de outubro - afirmou Voss.

O Banco Central realizou das 15h35m às 15h45m mais um leilão para a compra de dólares no mercado à vista, mas mesmo assim a moeda americana continuou em queda - o BC aceitou 12 propostas, com uma taxa de corte de R$ 2,124.

Para José Roberto Carreira, gerente de câmbio da Corretora Novação, a desvalorização do dólar, no entanto, seria maior se as operações no mercado à vista não estivessem acontecendo. Ele acredita que o BC volte a realizar os tradicionais leilões de swap cambial reverso, como sinalizou um membro da instituição em Brasília. Os leilões estão suspensos há uma semana.

- O BC é o grande comprador de dólares no mercado à vista. É o BC que tem enxugado o mercado. Se não fosse o BC, a moeda estaria abaixo de R$ 2,10 - disse Carreira.

Segundo analistas, a queda foi contida pela cautela em relação à divulgação do Livro Bege dos Estados Unidos sobre a economia americana. Mas os reflexos devem ser sentidos mesmo somente amanhã, quinta-feira. Segundo o Federal Reserve (Fed), a atividade econômica dos Estados Unidos aumentou em todo o país no primeiro bimestre de 2006. Esses dados devem ser levados em consideração na próxima reunião do BC americano no final do mês.

Da mesma forma que caiu mais do que as bolsas americanas quando o mercado lá fora estava muito preocupado com a possibilidade de alta dos juros nos Estados Unidos, a elevação do Ibovespa hoje também foi bem maior por aqui. Dow Jones teve ganhos de apenas 0,52% e Nasdaq de 0,69%.

Entre as ações mais negociadas hoje estiveram Petrobras PN, Usiminas PNA e Petrobras ON. As principais altas foram de Cemig ON (6,22%), Sadia PN (6,15%) e Celesc PNB (5,68%). Entre as quedas estiveram Telemig Part PN (1,59%), Cesp PN (1,11%) e Embratel Par PN (0,81%).

A um dia da divulgação da ata do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, mais um índice de inflação foi divulgado. Segundo a Fundação Getúlio Vargas, o Índice Geral de Preços - 10 (IGP-10) ficou praticamente estável em março, com uma pequena deflação de 0,03%. Em fevereiro, a taxa havia ficado em 0,17%.

A expectativa de uma ata positiva, com indicações de queda da taxa básica de juro na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), derrubou os juros futuros nesta quarta-feira. Todos os contratos fecharam em alta.

O Depósito Interfinanceiro (DI) de janeiro de 2007, o mais negociado passou de 15% para 14,96%(-0,27%) e o de abril, que estava em 14,83%, ficou em 14,77% (-0,40%). Para julho e outubro de 2006, o DI passou de 15,80% para 15,74% e de 15,28% para 15,25%, respectivamente. O contrato de abril deste ano registrou queda de 0,12%, de 16,50% para 16,48%.

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