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A cotação do dólar disparou no Brasil nesta sexta (4) um dia depois de derreter em reflexo aos possíveis impactos do tarifaço imposto pelo presidente norte-americano Donald Trump a dezenas de países do mundo. Por outro lado, a B3 -- a Bolsa de Valores de São Paulo -- despencou no início do pregão.
O dólar abriu as negociações desta sexta (4) em forte alta em torno de 2% entre 9h15 e 9h30, alcançando um pico de R$ 5,75. Entre os motivos apontados pelo mercado está o anúncio da China de fazer uma forte retaliação aos Estados Unidos.
Por outro lado, a B3 começou o pregão com uma forte queda de 2,15% por volta das 10h30, mesmo horário em que a bolsa de Nova York também abriu o dia despencando em torno de 2,5%. Na quinta (3), a bolsa brasileira fechou em leve queda de 0,04%.
Pelo mundo, o dólar segue em variação nesta sexta (4) com as bolsas de valores ainda derretendo em reflexo ao tarifaço dos Estados Unidos. As asiáticas amargaram quedas na casa de 2%, enquanto que na Europa as perdas passaram de 5%.
Após o anúncio feito por Donald Trump, o governo brasileiro se manifestou sobre a medida. Em nota conjunta, o Ministério das Relações Exteriores (MRE) e o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviço (MDIC), lamentaram as tarifas contra o Brasil e afirmaram que vão buscar alternativas para lidar com as taxas.
Nesta quinta, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que o Brasil tomará “todas as medidas cabíveis” contra o tarifaço de Trump.
O petista afirmou que o governo recorrerá à Lei da Reciprocidade aprovada pelo Congresso, que ele deve sancionar em breve, e às diretrizes que garantem essa possibilidade na Organização Mundial do Comércio (OMC).
Por outro lado, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), que é também ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), afirmou que o governo seguirá negociando com os Estados Unidos antes de tomar qualquer medida mais incisiva.
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