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O dólar subiu pelo segundo dia consecutivo nesta segunda-feira (20), em um pregão marcado pelo volume relativamente pequeno e pela ausência de indicadores relevantes. A moeda norte-americana terminou o dia a R$ 1,726 na compra e R$ 1,728 na venda, alta de 0,52%.

A alta do dólar foi definida na metade do dia, quando a cotação da moeda deixou de exibir uma leve queda para rapidamente subir para perto de R$ 1,73.

Na sexta-feira, último dado disponível, a posição vendida de investidores não-residentes em dólar futuro e cupom cambial estava em US$ 13,109 bilhões, ou 262 mil contratos.

No restante das operações, o mercado continuou dividido entre a tendência de queda provocada pela entrada de dólares e a pressão de alta causada pela intervenção do governo.

Dados das reservas internacionais induzem analistas como os do banco francês BNP Paribas a calcularem um ingresso de cerca de US$ 4 bilhões no país somente na semana passada - o que levaria o fluxo no mês a cerca de US$ 6 bilhões, mais que em todo o restante do ano.

Na sexta-feira, as reservas aumentaram US$ 916 milhões, para o novo patamar recorde de US$ 268,101 bilhões. Desde o dia 8, quando o Banco Central passou a fazer dois leilões de compra por dia no mercado, as reservas já cresceram US$ 5,7 bilhões.

O segundo leilão desta segunda-feira já teve duração de cinco minutos, conforme decisão do Banco Central anunciada na sexta-feira.Petrobras

Conforme se aproxima o encerramento da principal fonte de dólares para o país na atualidade, a oferta de ações da Petrobras , o mercado já se questiona sobre a continuidade da tendência de queda da moeda. O preço das ações na capitalização será definido na quinta-feira (23), e a liquidação financeira da operação ocorrerá até dia 29.

"Concluído o processo, é de se esperar por persistência de fluxos generosos de capitais para o Brasil, mas em intensidade mais semelhante à observada durante o primeiro semestre do ano. Nesse caso, a intervenção governamental poderia ter mais efeito, revertendo o movimento observado ao longo de setembro", escreveram analistas do Departamento de Pesquisa Econômica do Santander, em relatório.

Para o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, o crescente déficit em transações correntes no país tende a ajustar a taxa de câmbio no longo prazo. O BC atualiza os números sobre contas externas e fluxo cambial na terça-feira.

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