Ouça este conteúdo
O mercado financeiro brasileiro abriu a terça-feira (8) acompanhando o alívio registrado no restante do mundo em meio aos sinais de que o presidente norte-americano Donald Trump pode rever parte das tarifas comerciais mais agressivas impostas na semana passada.
O dólar era negociado a R$ 5,87 por volta das 10h30 após abrir o dia estável a R$ 5,91, e caiu 0,47% em menos de meia hora. Já o Ibovespa, o principal índice da B3 – a Bolsa de Valores de São Paulo – operava em alta de 0,9% no mesmo horário.
As negociações tanto da moeda norte-americana como do mercado de ações acompanhou a recuperação das bolsas asiáticas e europeias, que fecharam e operaram, respectivamente, em alta ao longo do dia.
A aparente normalização das negociações ocorre após três dias de pânico e quedas intensas que apagaram trilhões de dólares do valor de mercado das ações globais pelo receio de uma grande recessão após o tarifaço imposto por Trump.
“Temos muitos países que estão vindo para negociar acordos conosco, e serão acordos justos. E, em certos casos, eles pagarão tarifas substanciais”, disse o presidente norte-americano na segunda (7) aliviando as tensões internacionais.
Apesar da recuperação, o clima entre analistas e investidores ainda é de prudência. A expectativa gira em torno de uma possível revisão nas políticas tarifárias dos Estados Unidos, o que poderia reduzir a tensão no comércio global e trazer maior estabilidade ao ambiente financeiro internacional.
A Comissão Europeia, por exemplo, cedeu às pressões e deve oferecer um acordo tarifário “zero por zero” para evitar uma guerra comercial em determinados produtos. Por outro lado, impôs uma taxação de 25% sobre algumas importações dos Estados Unidos, como diamantes, fio dental, salsichas, nozes e soja.
Outro ponto de cautela do mundo é a possibilidade da China rebater a ameaça feita por Trump na segunda (7) de impor uma tarifa adicional de 50% em resposta à retaliação de 34% anunciada pelos chineses na semana passada. O prazo vence às 13h.
VEJA TAMBÉM:
