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Mercado financeiro

Dólar cai 0,8% com ânimo positivo dos mercados internacionais

Plano de resgate a bancos nos EUA gera alta nas bolsas de valores. Moeda americana fechou o pregão cotada a R$ 2,246

Após oscilar durante o pregão, o dólar comercial fechou em baixa frente ao real nesta segunda-feira (23), influenciada pelo humor positivo dos mercados internacionais com o novo plano para retirar ativos "tóxicos" dos bancos dos EUA. A moeda americana terminou com queda de 0,79%, cotada a R$ 2,246.

Os investidores repercutiram o anúncio, feito nesta segunda pelo secretário do Tesouro, Timothy Geithner, dos detalhes do plano público-privado para tirar até US$ 1 trilhão em ativos podres dos balanços dos bancos.

"Esse dinheiro na economia (dos EUA) pode dar uma assentada nos ânimos. Se isso for algo bem feito e com seriedade, pode trazer uma luz no final do túnel", avaliou Rodrigo Nassar, gerente da mesa financeira da Hencorp Commcor Corretora, explicando a influência da medida sobre os mercados.

Além disso, as vendas de imóveis residenciais usados nos Estados Unidos subiram 5,1% em fevereiro, para a taxa anualizada de 4,72 milhões de unidades, ante 4,49 milhões de unidades em janeiro, informou nesta segunda-feira a Associação Nacional de Corretores de Imóveis. Economistas esperavam venda de 4,48 milhões de unidades. O aumento de fevereiro é o maior desde julho de 2003.

Análise

O economista da Legan Asset Management, Fausto Gouveia, comenta que o mercado esperava esse detalhamento sobre o funcionamento do plano e que algumas das medidas podem ajudar bastante na redução dos ativos podres que estão com os bancos. "No entanto, ainda é cedo para falar que o pior já passou", pondera.

Gouveia acrescenta que novas medidas anunciadas na China, incluindo a consolidação do setor siderúrgico e automotivo, dão fôlego às compras no mercado interno, pois melhoram a perspectiva quanto ao preço das commodities. "Esses planos todos, tanto nos Estados Unidos quanto na China, já existiam. O que faltava era o detalhamento sobre como os recursos seriam gastos e é isso o que acontece agora", resume.

Mudança na regra

Ainda nesta segunda, o Banco Central (BC) informou que o Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou na última sexta-feira uma mudança na regra dos leilões de dólares, previstos na resolução 3.622.

Agora, os bancos que tomarem os recursos nessas operações poderão dar como garantia outros ativos denominados em dólar, além dos empréstimos para exportação, como as operações de Adiantamento sobre Contratos de Câmbio, e também de títulos soberanos.

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