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A perspectiva de captação de dólares por empresas brasileiras provocou a queda de 1 por cento da moeda norte-americana nesta sexta-feira, em uma sessão interrompida pelo jogo do Brasil na Copa do Mundo.

A taxa terminou o dia a 1,778 real, em queda de 1 por cento. Na semana, o dólar acumulou baixa de 0,11 por cento.

Ante uma cesta com as principais divisas, a moeda norte-americana caía 0,3 por cento no fim da tarde.

A queda foi mais intensa no Brasil em meio à crescente expectativa de entrada de recursos no país, que desde o mês passado tem levado bancos venderem moeda estrangeira mesmo em um ambiente ainda de saída de capitais.

"Ontem você teve o (banco) Cruzeiro do Sul anunciando que vai captar. E o mercado tem outros no radar", disse Luciano Rostagno, estrategista da CM Capital Markets, citando quatro possíveis operações no curto prazo: CSN, Magnesita, Votorantim e Banco Mercantil do Brasil.

Segundo o IFR, serviço de informações da Thomson Reuters, o banco Cruzeiro do Sul emitiu na quinta-feira bônus de três anos, com volume de 200 milhões de dólares. A operação sinaliza um ambiente mais favorável a captações no exterior, após semanas de preocupação com a crise da dívida na Europa.

Para a próxima semana, no entanto, o feriado de segunda-feira nos Estados Unidos e o de sexta-feira em São Paulo devem diminuir a liquidez do mercado. Nos EUA, os únicos indicadores de peso são o índice do setor de serviços, na quarta-feira e os números semanais de auxílio-desemprego, na quinta-feira.

"A semana que vem deve ser bastante fraca para o mercado local", acrescentou Rostagno.

No exterior, operadores avaliam que o euro pode continuar a subir, alcançando até 1,27 dólar, com a menor preocupação sobre a crise da dívida e com as olhos voltados mais para os Estados Unidos após dados decepcionantes sobre o mercado de trabalho.

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