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A maior disposição dos estrangeiros em investir em ativos de risco manteve o dólar abaixo de 1,80 real nesta terça-feira, após a moeda norte-americana superar brevemente esse patamar pela primeira vez desde o início do mês.

O dólar caiu 0,39 por cento, a 1,781 real. Durante a manhã, quando o mercado internacional hesitava em apontar uma tendência mais firme, a cotação chegou 1,801 real.

À tarde, porém, o clima ficou mais favorável a investimentos de risco em todo o mundo, especialmente ações. Os principais índices acionários em Nova York subiam e o Ibovespa chegou a superar 70 mil pontos --máxima desde 19 de janeiro.

Operadores de câmbio de duas corretoras comentaram que, na segunda metade da sessão, houve um aumento pontual no ingresso de recursos no país.

O volume de negócios foi mais intenso que nos últimos dias, superando 3,4 bilhões de dólares segundo dados parciais da clearing (câmara de compensação) da BM&FBovespa.

Para Moacir Marcos Jr., operador de câmbio da corretora Finabank, a queda do dólar aos níveis de 1,78 real o coloca em um suporte que, se rompido em breve, pode levar a taxa rapidamente para perto de 1,76 real.

Se for considerado que o comportamento do real depende dos mercados internacionais, ainda há bastante incerteza sobre os rumos no curto prazo.

Analistas do JPMorgan, por exemplo, preveem que o ciclo de alta do dólar dos dois primeiros meses do ano está perto do fim. "Os principais riscos sistêmicos (Grécia, desaceleração norte-americana) estão perdendo força, e o posicionamento do mercado agora está defensivo demais diante do ambiente macroeconômico", escreveram.

Por outro lado, economistas do banco suíço UBS veem o dólar caminhando na direção oposta nos próximos três meses, com o risco de o euro cair a cerca de 1,30 dólar em meio à série de notícias negativas sobre a dívida de países europeus.

No mercado futuro, os estrangeiros refizeram parte de suas posições compradas na moeda norte-americana. Entre sexta e segunda-feira, essas posições subiram de 271 milhões para 1,282 bilhão de dólares nos mercados de dólar futuro e cupom cambial, de acordo com dados da BM&FBovespa.

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