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Mercado projeta dólar a R$ 1,95 no fim de 2012

A taxa de câmbio para o fim de 2012 permanece abaixo de R$ 2 nas estimativas dos analistas consultados na pesquisa Focus divulgada na manhã desta segunda-feira (2) pelo Banco Central

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O dólar voltou a operar abaixo de R$ 2,00, nesta segunda-feira (2), pela primeira vez desde o dia 30 de maio. Por volta de 14h25m, a moeda americana valia R$ 1,9860 na compra e R$ 1,9880 na venda, uma desvalorização de 1,09%. Na sexta-feira, a moeda americana se desvalorizou 3,18%, maior queda em cerca de nove meses, com o resultado da cúpula de líderes europeus. O Ibovespa, índice de referência da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), operou em queda pela manhã, mas inverteu o sinal no início da tarde. Às 14h25, o indicador subia 0,15% aos 54.437 pontos. Nos primeiros seis meses deste ano, o dólar teve alta de 7,5% frente ao real, enquanto o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo, registrou queda de 4,2%.

Entre as maiores altas estão os papéis ON da OGX Petróleo, com valorização de 9,64% a R$ 6,03, recuperando um pouco as perdas da semana passada. LLX Log ON sobe 4,52% a R$ 2,31. Na ponta das maiores baixas estão os papéis ON da Gafisa com queda de 3,42% a R$ 2,54.

De acordo com operadores de câmbio, a queda do dólar é um reflexo de entradas de recursos. Com baixo volume de negócios, o efeito dessas entradas acaba sendo potencializado e a moeda americana recua com mais força frente ao real.

Na reunião de líderes europeus, na semana passada, ficou definido que recursos dos fundos da região poderão ser utilizados para recapitalizar bancos da zona do euro em situação ruim e estabilizar o mercado de bônus. A Finlândia e a Holanda já avisaram que vão bloquear a compra de títulos de países europeus.

Na Europa, as principais Bolsas fecharam em alta com a expectativa de que o Banco Central Europeu (BCE) anuncie na quinta-feira estímulos adicionais para a economia da zona do euro. O índice Ibex, do pregão de Madri, subiu 0,31%. O índice Dax, da Bolsa de Frankfurt, se valorizou 1,24%; o Cac, do pregão de Paris, ganhou 1,36% e o FTSE, da Bolsa de Londres, subiu 1,25%. Os índices acionários dos Estados Unidos operam em queda desde a manhã, com exceção do Nasdaq que inverteu a tendência. Há pouco, o Dow Jones perdia 0,30%, o S&P 500 caía 0,09%, e o Nasdaq se valorizava 0,11%.

Os investidores também repercutem nesta segunda-feira dados da atividade industrial. Na China, o Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) ficou em 50,2 em junho, contra uma previsão de 49,9.

"O resultado do PMI chinês de junho mostrou relativa estabilidade ante maio, reforçando a expectativa de crescimento do PIB abaixo de 8% neste segundo trimestre, mas dá alguns sinais de acomodação da desaceleração que se acentuou nos últimos meses", diz em análise o economista-chefe do Bradesco, Octávio de Barros.

Na zona do euro, o PMI do setor manufatureiro de junho ficou em 45,1 indicando retração da atividade industrial. O resultado aberto entre os países mostrou que todos eles se mantiveram abaixo do nível de 50 pontos. A Alemanha surpreendeu positivamente ao atingir 45 pontos (acima da prévia de 44,7 pontos), puxando o resultado geral do bloco para cima.

Nos EUA, o índice ISM que mede a atividade do setor industrial caiu para 49,7 pontos em junho, após marcar 53,5 em maio. Abaixo de 50 pontos o índicador mostra contração da economia, enquanto acima de 50 pontos indica expansão da atividade. Analistas esperavam que o índice ficasse em 52,2 pontos em junho. Na pauta dos investidores, está também o desemprego na zona do euro, que registrou novo recorde de alta em maio. O indicador ficou em 11,1%, o que significa que 17,5 milhões de pessoas estão sem emprego nos 17 países da zona do euro. É o maior patamar desde 1995, quando o indicador começou a ser medido. As taxas de Espanha (24,6%) e Itália (24,3%) são as mais altas.

No cenário doméstico, o boletim Focus, divulgado nesta segunda pelo Banco Central, mostra que expectativa para a taxa Selic manteve-se em 7,5% para 2012 e em 9,0% para 2013. A projeção para o IPCA passou de 4,95% para 4,93% para 2012, e foi mantida em 5,50% para 2013. A expectativa de crescimento do PIB foi novamente revisada para baixo, de 2,18% para 2,05% em 2012, seguindo em 4,20% para 2013. E as projeções para a taxa de câmbio não foram alteradas, mantendo-se em US$ 1,95 este ano e US$ 1,90 no ?nal de 2013.

Na Ásia, os principais mercados acionários fecharam a segunda-feira sem direção definida. O índice Nikkei, da Bolsa de Tóquio, fechou com desvalorização de 0,04%, enquanto o Shenzhen Composto, da China, subiu 1,2%. O Shangai Composto encerrou o pregão estável. Não houve negociação na Bolsa de Hong Kong por ser feriado.

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