O dólar fechou em queda nesta segunda-feira, pelo terceiro dia consecutivo. A moeda americana encerrou o dia com redução de 0,19%, cotada a R$ 2,132 na compra e R$ 2,134 na venda, mesmo com a alta das taxas de juros dos títulos americanos e da compra de dólares no mercado à vista pelo Banco Central. O leilão do BC ocorreu das 15h35m às 15h45m. Foram aceitas sete propostas, com taxa de corte a R$ 2,136. Pelo quarto consecutivo, não houve leilão de swap cambial reverso, que ocorria diariamente desde dezembro do ano passado.
Na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), o Ibovespa, que ensaiou uma recuperação pela manhã, registrava às 17h queda de 0,70%, para 36.632 pontos. Já o risco-país, que chegou a cair 3 pontos pela manhã, mostrando melhora na percepção do investidor estrangeiro no Brasil, apresentava há pouco estabilidade, com 228 pontos centesimais.
Os investidores aguardam nesta semana a ata do Comitê de Política Monetária (Copom) que será divulgada na quinta-feira. O mercado vai procurar uma pista para a decisão do BC na reunião de abril. Na semana passada, seis técnicos votaram pela queda de 0,75 ponto percentual e outros seis pela redução de 1 ponto. A pergunta agora é se o BC continuará a sua trajetória de redução gradual dos juros ou se ousará um pouco mais na próxima reunião.
- Divergência de opiniões não quer dizer muita coisa. Os técnicos do BC já tiveram opiniões diferentes no passado e, nem por isso, o juro caiu mais do que o esperado - disse Guilherme Maia, analista da Tendências.
Desde que o Comitê de Política Monetária reduziu a taxa Selic, na quarta-feira da semana passada, os juros futuros estão em queda na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F). O Depósito Interfinanceiro (DI) terminou o dia em 16,50%, ante 16,51% no fechamento de sexta-feira (-0,06%). Para julho, a taxa passou 15,82% para 15,81% (-0,06%) e para outubro, de 15,35% para 15,30% (-0,33%). O contrato de janeiro de 2007, o mais líquido, que estava em 15,11%, ficou em 15,02% (-0,60%) e o de abril do ano que vem, que era 14,90%, terminou o dia em 14,84% (-0,40%).
Nesta semana, o mercado financeiro também acompanha dados que chegam dos Estados Unidos. Na quarta-feira sairá o livro bege sobre as condições da economia dos Estados Unidos, na quinta será conhecido o índice de preços ao consumidor e na sexta os números da produção industrial. Esses dados poderão influenciar o Federal Reserve, o Banco Central americano na reunião que acontecerá no final de março, nos dias 27 e 28.



