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Depois de o peso ter atingido sua maior desvalorização desde 2002, nesta quarta-feira (22), o dólar continua em alta hoje na Argentina. Nesta quinta-feira, a moeda americana está sendo vendida a 8 pesos, 86 centavos a mais do que na quarta. O dólar paralelo, vendido em casas de câmbio ilegais, também disparou e está sendo comercializado a 12,40 pesos em algumas "cuevas" ou "arbolitos" do centro de Buenos Aires.

Na quarta, o Banco Central do país não interveio para conter a escalada do dólar, o que gerou especulações de que o governo estaria incentivando a desvalorização da moeda argentina.

O chefe de gabinete da Presidência, Jorge Capitanich, negou que esse seja o plano do governo. "Não foi uma desvalorização induzida pelo Estado. Em resumo, para aqueles amantes do livre mercado, a oferta de divisas é a que se expressou ontem no mercado de câmbios", afirmou ele pela manhã.

Capitanich destacou que o sistema de câmbio no país é de "flutuação administrada", mas ontem o Banco Central "não comprou nem vendeu dólares".

Em maio de 2013, a presidente Cristina Kirchner havia dito que as pessoas que queriam ganhar dinheiro às custas de uma desvalorização da moeda teriam que esperar "por outro governo", já que quem pagaria por isso seria o povo. Nesta quarta, a mandatária argentina fez seu primeiro discurso em 42 dias. Ela não tocou no assunto da desvalorização do peso nem em qualquer outro tema econômico. "Em um discurso, uma presidente não pode falar de todos os temas", justificou o chefe de gabinete.

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