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O dólar fechou em leve baixa frente ao real nesta segunda-feira, contrariando o comportamento do mercado internacional durante a tarde em meio à entrada de capitais no país.

A moeda norte-americana teve ligeira queda de 0,23 por cento no Brasil, e fechou o dia cotada 1,724 real. Às 16h30, o dólar subia 0,71 por cento frente a uma cesta com as principais moedas no exterior, e avançava mais de 1 por cento em relação ao euro, para o maior nível em mais de dois meses.

De acordo com profissionais de mercado ouvidos pela Reuters, o motivo para o alívio do dólar no Brasil era a entrada de capitais. As informações, porém, divergiam sobre a natureza da operação - comercial ou financeira.

"Teve fluxo sim, de banco estrangeiro", disse o gerente de câmbio de um banco nacional, que preferiu não ser identificado. Ele trabalha em uma instituição dealer.

Dados da clearing (câmara de compensação) de câmbio da BM&FBovespa mostravam um volume superior a 3 bilhões de dólares pouco antes do fechamento do mercado à vista.

De acordo com o operador de câmbio de outro banco dealer, que também não quis ser identificado, "entrou fluxo pelos níveis de dólar e por estar chegando ao fim do ano." O dólar tem se mantido acima de 1,70 real desde a metade do mês, longe das mínimas em mais de dois anos atingidas em outubro.

"O dólar está ignorando completamente o cenário internacional", acrescentou Rodrigo Nassar, gerente da mesa financeira da corretora Hencorp Commcor, sobre o comportamento da moeda durante a tarde.

"Também tem um pouco de pressão de Ptax, mas o principal de tudo isso realmente é o mercado precificando um fluxo que hoje foi principalmente positivo."

Com a chegada do fim do mês, a formação da Ptax (taxa média do dólar) ganha importância por ser usada como referência para a rolagem de contratos futuros. Na quinta-feira, os estrangeiros tinham 12,457 bilhões de dólares em posições vendidas na moeda norte-americana nos mercados de dólar futuro e de cupom cambial (DDI), apostando na queda do dólar.

No exterior, o motivo para a alta do dólar era o receio de que outros países europeus precisem de ajuda internacional para aplacar a crise orçamentária. Grécia, no primeiro semestre, e Irlanda, neste fim de semana, já receberam auxílio.

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