Apesar das três atuações do Banco Central (BC) no mercado, o dólar comercial teve mais um dia de forte alta nesta quarta-feira (3), fechando em alta de 3,46%, cotado a R$ 2,475.
No dia, a moeda chegou a operar em terreno negativo logo depois de duas intervenções do BC pela manhã, mas não sustentou a tendência.
Na semana, a moeda acumula alta de quase 7%. No ano, a divisa norte-americana teve valorização de quase 39,3% frente ao real. A cotação de R$ 2,475 desta quarta-feira representa a maior desde junho de 2005.
A alta do dólar coincidiu com uma divulgação que mostrou tendência de saída de recursos do país - o que pressiona a cotação para cima. O BC informou ainda que a saída de recursos da economia brasileira somou US$ 7,15 bilhões em novembro deste ano, o maior valor registrado desde janeiro de 1999, quando US$ 8,58 bilhões deixaram o país.
Intervenções do BC
Duas das operações do Banco Central foram de venda de dólares no mercado à vista. A primeira operação, realizada por volta das 10h30, teve taxa de venda de R$ 2,3915. A segunda, realizada quinze minutos depois, teve preço de R$ 2,3755. Como de costume nessas operações, os valores comercializados não foram revelados.
A terceira operação realizada pelo BC no dia foi um leilão de dólares para exportadores. A autoridade monetária aceitou 16 propostas no leilão com garantia em contratos para o financiamento de exportações, com colocação de US$ 1,957 bilhão. A oferta total era de US$ 2 bilhões.
Conforme dados divulgados pelo Departamento de Operações das Reservas Internacionais (Depin), a taxa de corte aceita na operação foi de 1% sobre a Libor "London Fixing" de ontem, divulgada pela British Bankers Association (BBA).
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