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O Banco Central voltou a atuar no mercado como objetivo de conter a alta acentuada do dólar, verificada desde o início das operações desta terça-feira. A instituição anunciou a venda de 8 mil contratos de swap cambial, equivalentes a US$ 399 milhões. Os contratos têm como vencimento 3 de julho de 2006 e foram negociados a uma taxa nominal de 2,66%.

Depois da notícia do leilão, o dólar, que avançava mais de 3%, cotado a R$ 2,351, amenizou o ritmo de alta, fechando com variação de 1,63%, sendo vendido a R$ 2,312. O leilão de swap cambial "tradicional" não era realizado desde agosto de 2004.

A Bolsa de Valores de São Paulo ampliou a queda verificada desde o início do pregão. Por volta das 16h20min, o Ibovespa caía 4,09%, aos 36.583 pontos. O dólar interrompeu o ritmo forte de alta depois do leilão segue em alta de 1,41%.

Por volta das 15h15min, o risco-país, medido pelo EMBI+ Brasil, calculado peloBanco JP Morgan Chase, subia 4,87%, chegando aos280 pontos. Também chamado de Risco Brasil, é um dos principais termômetros da confiança dos investidores na economia brasileira.

No cenário externo, o mau humor dominou as bolsas, que fechar5am em queda na Ásia, Europa e Estados Unidos.

Para o economista e diretor-executivo da NGO Cor-retora, Sidnei Moura Nehme, há uma certa "ansiedade" no mercado por notícias novas e, com isso os ânimosficam mais instáveis, o que acaba sendo repassado para o comportamento do preço dos ativos e indicadores.

- Sem convicções efetivas, restabelecem-se incertezas e inseguranças e, com isso, verifica-se uma tendência momentânea de operar com a pior perspectiva, o que acaba por colocar os mercados em um panorama negativo - explica Nehme.

De acordo com analista, os dados mais recentes da economia americana até não têm sido ruins e propagadores de pessimismo, mas as manifestações inconclusivas do presidente do Fed, Ben Bernanke, alimentam as incertezas.

- Por isso, a ata da última reunião ainda continuasendo aguardada com expectativa nesta quarta-feira,pois pode trazer alguma sinalização do que Bernankenão soube ou não conseguiu transmitir para o mercado,ainda - diz.

A divulgação do índice de confiança do consumidoramericano nesta terça-feira indicou forte queda para 103,2, abaixo dos 109,8 em abril, interrompendo os bons resultados desde novembro de 2005. A preocupação geral é com o curto prazo da economia, o mercado de trabalho e a renda do consumidor.

JUROS - O nervosismo dos mercados de câmbio e ações, à espera da ata da última reunião do Federal Reserve a ser divulgada na quarta-feira, contaminou também as projeções de juros na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) nesta terça-feira.

Todos os contratos de depósito interfinanceiro (DI) encerraram o pregão em alta. O DI junho 2006 foi um dos que menos subiu: de 15,69% na véspera para 15,70%.

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