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Câmbio

Dólar fecha em queda e vai a R$ 2,23 por BC dos EUA

A alta da moeda americana foi impulsionada pela menor procura dos investidores por aplicações consideradas mais seguras, como o dólar, e pela busca por mercados de maior risco

O dólar fechou em alta em relação ao nesta quarta-feira (17), com a afirmação do presidente do Banco Central dos EUA, Ben Bernanke, de que a autoridade monetária espera começar a retirar os estímulos econômicos naquele país apenas mais à frente neste ano -e que pode, inclusive, manter esses estímulos em 2013 se necessário.

No mercado à vista -referência para as negociações no mercado financeiro- o dólar encerrou o dia com desvalorização de 0,77%, cotado em R$ 2,230 na venda. O dólar comercial -utilizado no comércio exterior- caiu 1,19%, para R$ 2,227.A alta da moeda americana foi impulsionada pela menor procura dos investidores por aplicações consideradas mais seguras, como o dólar, e pela busca por mercados de maior risco, como a Bolsa. O principal índice de ações brasileiro, o Ibovespa, subiu 1,15%, a 47.407 pontos.

Desde 2009, o BC americano recompra, mensalmente, US$ 85 bilhões em títulos públicos para injetar recursos no mercado e estimular a economia dos Estados Unidos.Temores de que o Fed começaria a reduzir seu programa, que por anos sustentou o apetite por ativos de risco, fizeram disparar as cotações do dólar em relação as principais moedas emergentes. Apesar de ter mantido o cronograma detalhado do mês passado de suspender as compras de títulos até meados de 2014, Bernanke destacou hoje que nada é predeterminado.

"A queda do dólar reflete a percepção do mercado após a fala de Bernanke de que não haverá uma restrição imediata na já fragilizada oferta de dólares nos emergentes", explica Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio da Treviso Corretora.Isso porque parte dos US$ 85 bilhões mensais injetados pelo Fed na economia americana acabava migrando para outros mercados através de investimentos.

Um adiamento do corte dos estímulos nos EUA, segundo Galhardo, pode fazer com que os estrangeiros deixem aplicações por um período um pouco maior nos emergentes antes de migrá-las ao mercado americano, onde há perspectiva de elevação do juro básico no ano que vem, o que deixaria mais atraentes os títulos do Tesouro, remunerados por essa taxa e considerados de baixo risco.

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